segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tudo certo como dois e dois são cinco.

As políticas públicas de nosso país andam mesmo igual à cantiga da perua, de pior a pior. De uns tempos pra cá se discute a política de divisão do Estado do Pará (ainda vigente). Agora já não querem dividir em Carajás e Tapajós, apenas. Mas em três! Isso mesmo, a descabida proposta de divisão nem foi votada ainda e já tramita uma refacção dessa divisão. Ou seja, querem outra fatia do bolo, pois sendo eleito o projeto de divisão que deverá ser votado dia 11 de dezembro, o Estado deverá ser passado na guilhotina uma vez mais, agora para acrescer a Tapajós e Carajás, o Marajó (que já é uma ilha). Imaginem aí... 

Argumentar pela territorialidade geográfica como andam fazendo políticos e afins é uma medida chula. Parece mesmo é que estão com saudades do Governo Ernesto Geisel que em 1977 dividiu o Estado do Mato Grosso. A única face positiva disso tudo, é que mesmo sendo aprovado no senado, o que nada em mim espanta, a despropositada idéia de divisão só será acatada se eleita por maioria de votos num plebiscito popular.

Mais Estados quer dizer mais governantes, mais deputados, mais prefeitos, mais vereadores: mais ladrões. Ainda que diferente de mim andem dizendo por aí que é uma forma de aproximar o povo do governo, haja vista que o Estado seria menor, evitando assim os desvios de verbas e outras falcatruas; eu continuo a dizer que o problema não é o tamanho do Estado, mas a má administração.

Em 1985 Bráulio Tavares satirizou a divisão do Nordeste (Nordeste Independente) e foi censurado pela Ditadura Militar. A proposta do cancioneiro é ainda hoje, 25 anos depois, um devaneio saudável e cabível às mentes de quem conhece e/ou vive a realidade da região. Basta ouvir a canção e ter certeza disto! O que em muito se difere da divisão do Pará, pois dizer amém a esta idéia é dizer amém ao poder imperialista do governo sobre nós (nós, não porque seja eu paraense, mas por me irmanar aos filhos da terra). 

O que é isso gente! Pior que esta, só a demolição das Cocheiras Imperiais da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, para construção de estacionamentos para a copa. Como diz Gloria Perez “ainda bem que só temos 500 anos de História, com essa mentalidade, se o Taj Mahal fosse aqui já teria sido derrubado!” Credo!!!

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