quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mazzini Caon


Anos antes de lecionar Sociologia - componente curricular que me lançou como profissional em exercídio de docência, havia lido O Monge e o Executivo de James C. Hunter e O Mundo de Sofia de Jostein Garder. Essas eram as únicas bases que tinha para encarar a fera em sala de aula. Na época, busquei em vários artigos de revistas, recortes de FHC, Florestan Fernandes e até periódicos da supostamente extinta Revista Mundo Jovem. Somente quando conheci, na universidade, Karl Marx, Émile Durkheim and others, eu percebi que as discursões sociais eram mais que uma contenda antropológica, mas pessoal, porque partiam sempre de como as enxergavamos ou permitíamos que elas se revelassem à nós.

Hoje eu li seu livro de uma deitada. Fazendo uso desse então professor de Sociologia que encarnei para escrever o texto, posso afirmar que seu trabalho, diferente do gênero a qual está catalograficamente registrado, não é um simples livro auto ajuda, mas de auto conehcimento. Isto por seu caráter revelador.

Considero a obra bifurcada. Sim, bifurcada. e só me dei conta disso quando cheguei na metade do livro sem nem mais esperar aquelas páginas de motivação. Não sei se intencionalmente ou despercebidamente, mas sua grafia revela um método eficaz de introspecção leitora. Na primeira parte do livro (sem necessariamente demarcar páginas) você nos tras uma gama de procelas sociais que talvez até assuste o leitor que busca nessa espécie de livro uma fórmula pronta para seus problemas. Este leitor então depara-se com mais problemas. É como um viciado em busca de recuperação que se acompanha com outros também viciados, se é que me permite a comparação esdrúxula. Já na segunda parte, você recupera todos os problemas apresentados, como mecanismos de auto conhecimento em nós e na sociedade em que vivemos, funcionando exatamente assim: conheça o meio em que você vive para se auto conhecer.

O interessante (e saudável) desse método clivado de escrita, é que ambos os caminhos levam a um só destino. E você nos conduz muito bem quando com maestria política nos elenca o porque de não fugir desses problemas nos ensinando de maneira delicada a superá-los e não apenas passar por eles como costumeiramente fazemos. 

Aprendi em Argumentação - área que hoje dedico minha pesquisa, que um bom orador não deve jamais seduzir seu auditório com léxicos fraudulentos. Por isso a honestidade com a qual guia suas palavras me encanta. Se hoje eu voltasse a lecionar Sociologia, seria seu livro, com certeza, parte da bibliografia indicada no meu PGCC.

sábado, 26 de janeiro de 2013

O cara que pensa em você toda hora



Acreditar no poder público é, antes de mais nada, acreditar que o poder público constituído existe tão somente para promover a melhoria de vida do povo, legitimo detentor do poder. E por nisso acreditar, vejo em Gilton Sampaio de Souza a maior e mais expressiva representação desse povo.

A nossa consciência política advém de processos históricos transcendentais. A luta pelo voto direto em 1984 nos despertou, ou pelo menos deveria, para o verdadeiro sentido de como se fazer Política (com P maiúsculo) e História (com H, também maiúsculo). Se hoje vivemos numa democracia, deve-se a ousadia de verdadeiros heróis que deram à cara a tapa no passado. Se amanhã quisermos viver um sonho, devemos acreditar e apostar nele HOJE. Caso isso não aconteça, não deverá também acontecer choro nem ranger de dentes.

Não existe história para além dos fatos e das palavras, tudo mais é memória de DNA ou inconsciente coletivo. Acredito nisso quando faço uso das palavras para me reportar a Gilton Sampaio de Souza, porque então é, tão somente através dessa palavra que ele dialoga com honestidade, argumentando sempre pelo modelo e pelo exemplo.

Certa vez me disseram que uma escola é sempre o espelho do diretor. Tive a certeza disso, quando recentemente em uma pesquisa PIBIC recebi de bom grado, sem manobras políticas, depoimentos de livre consentimento de alunos atuais e egressos do “Campus Avançado Profª Maria Elisa de Albuquerque Maia” – CAMEAM - bem como de técnicos, aposentados e seguimentos sociais etc, que falassem um pouco da história do campus de Pau dos Ferros para construir um arquivo de memória. Não deu outra! Em sua maioria, de forma clara e objetiva, os sujeitos enunciadores enalteciam o trabalho de Gilton mostrando a evolução do CAMEAM em sua gestão. Isso é claro, se deve a promoção de obras realizadas às claras em comunhão com o bem coletivo. 

Se como diretor do CAMEAM Gilton torna-se modelo de gestor, não restam dúvidas da seriedade em seu plano de governo para a UERN, instituição que o formou e que ele luta para ver crescer desde os tempos de graduação. É admirável ver que estamos apostando num homem popular, “prata da casa” como se diz, de aporte humilde que faz uso do diálogo em qualquer circunstância, que tem harmonizado em si teoria e prática para representar a nossa instituição. 

Segundo Platão, o preço que pagamos por não nos envolver em política é ser governado por alguém inferior. A omissão é a mais covarde forma de participação numa campanha política. Em último caso, ela deve existir (pensamento meu) quando temos consciência política e não temos um candidato que a comporte. Por isso faço uso da palavra para reafirmar um compromisso político, acadêmico e social que tenho enquanto cidadão e aluno com a UERN, sabendo que esse compromisso será honrado por Gilton Sampaio enquanto representante legitimo da mesma.

Talvez só quem for aluno entenda de verdade a diferença entre ter um reitor que fale por você e um que não sabe nem que você existe. Chega de elitismo! A Academia já é por si elitizada, o conhecimento já é por si vaidoso demais. Não precisamos mais de glamour. Precisamos sim, de um representante digno de nosso voto, um representante cujas matizes possam colorir o sonhos de hoje em realidades de amanhã. Estou com Gilton porque conheço e acredito em seu trabalho sério. Estou com Gilton porque eu também tenho sonhos. Sonhos que a mão do progresso vazio não conseguiu dizimar. Esteja você também e veja (poetizando) que Gilton é melhor decantado por Roberto Carlos, quando diz ser o cara que pensa em você toda hora.

Fernando Júnior

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Boa Noite, com...

Renata Colaça (amiga de infância) e seu filho Felipe, diretamente de Rio Branco AC, botando o papo em dia com muito açaí :-))

sábado, 12 de janeiro de 2013

Para quem Ama, ama demais...




O meu defeito foi amar demais! Quem nunca sentiu isso ou por esse enunciado não se defendeu, ainda que através das palavras tão somente, parece-me que nunca viveu um grande amor, ou pelo menos um amor exagerado como aqueles que Cazuza cantava.


Nenhum de nós está imune a uma grande paixão. Faz parte das relações humanas e afetivas conhecer pessoas que nos são afim e desenvolver por elas algum interesse afetivo, penso que isso é muito normal. O grande problema disso tudo, é que assim como nossos dedos da mão são diferentes em tamanho, proporção e atividade, mais diferente ainda são as pessoas.


Antenada nessas diferenças, sempre preocupada em entender e socializar o comportamento humano e o desafio de (con)viver com as múltiplas e heterogêneas  faces da mente humana, a Dra Ana Beatriz Barbosa Silva traz em seu novo trabalho um “novo” tratado. Através de um enredo da vida real, do qual mesmo não sendo protagonista, sentiu-se motivada a escrever sobre, ela lança CORAÇÕES DESCONTROLADOS: Ciúmes, raiva, impulsividade – o jeito borderline de ser.


A palavra para quem não a conhece causa um certo glamour (assim como a capa do livro) acredito que sua pronuncia, senão francesa, me perdoe a ignorância, avizinha-se foneticamente, dando a ela ainda mais um tom sofisticado e uma poeticidade que encontrei desde as primeiras linhas da apresentação do livro. Sim, a Dra Ana me surpreendeu nesse prefácio. Me causou um choque, leve, mas causou. Por um instante esqueci de suas outras obras da série psicológica MENTES... E tive a impressão de estar lendo algo de alguém emocionalmente envolvida num caso afetivo alheio (e estava) que certamente por isso, desnuda-se poeticamente grafado. Desse modo, ela descreve com aquela receita de Aluisio de Azevedo em O CORTIÇO desde o cenário à ação das personagens e graças a esse conjunto de elementos literários é possível identificar com maestria que este é um trabalho diferente de todos que ela já fez.


Quando eu soube que seu próximo trabalho seria sobre essa forma exagerada, transtornada de amar eu logo pensei “finalmente ela vai escrever sobre a minha mente." Mas lendo a introdução do livro que ainda não devorei, senti um baque! Então já comecei a me questionar “Eu sou assim? Não, não sou” parece-me que o jeito borderline de ser é mais complexo do que eu imaginava e os efeitos por ele causados vão além dos exageros que já cometi. Isso de fato me alivia, mas só estarei devidamente tranquilo quando ler a obra toda e entender se sou ou não um dos portadores desse transtorno (risos), porque mesmo nunca tendo apresentado (Graças a Deus) sintomas como os da Victoria – protagonista do enredo, sinto que ainda guardo sentimentos relacionados a fracassos amorosos que seriam melhor não guardar.



Existe uma música que certamente a Dra Ana já ouviu e talvez até goste, uma música se não me falha a memória é de Hebert Viana, mas que interpretada por Zizi Possi me faz nesse momento, dado ao cultivo de escrever historinhas, sonorizar com melhor causa e efeito a temática do livro, ou melhor, as ações de “Vic” na trama:

Muito pra mim é nada
Tudo pra mim, não basta
Eu quero cada gesto, cada palavra
Cada segundo da sua atenção
Faça isso por mim, leve a dor pra longe daqui
Estou cansada de ouvir que eu só sei amar errado
Estou cansada de me dividir
O que é certo no amor?
Quem é que vai dizer?
O que calar?
Falar e querer?
Eu quero absurdos
Quero amor sem fim
Eu quero te dizer que eu só sei amar assim.

Dra Ana, desejo que seu livro venda como água, não somente pelo sucesso que você já granjeou, mas pela pertinência de termos em mãos um manual que nos ajude a sobreviver ou pelo menos escapar, ainda que como eu escapei, uma "fera ferida" dos escaninhos do amor ou daquilo que eu julgava ser o amor...

COMPLEMENTO:
Recebi hoje, 22 de janeiro de 2013 meu exemplar autografado :-)

 



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ganhei autografado :-)

♪♫ Quando o carteiro chegou e o meu nome gritou com uma carta na mão, antes surpresa tão rude, nem sei como pude chegar ao portão... ♪♫
(Cícero Nunes - Aldo Cabral)
Vejam que maravilha de presente eu ganhei da Dra Ana Beatriz Barbosa Silva. Presente de natal, ano novo e aniversário. Vou reler a obra com muito carinho e nem preciso dizer que permanece em minha cabeceira como um manual de sobrevivência e consulta permanente. Obrigado pela gentileza doutora, deixou um fã mais feliz.
 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Formandos 2012.1

Recebi da Turma "Essência Latina: Identidade Cultural" o convite para fazer o cerimonial de colação de grau. Esta turma recebe o título de licenciatura em Letras com Habilitação em Língua Espanhola no próximo dia 16. Pela segunda vez estarei a frente do cerimonial de uma turma de Letras. Que chique, hem!

O baile acontece dia 18 as 20h no Kandice Buffet de Pau dos Ferros. Está agendado!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Aqui uma lágrima, no Céu uma festa

Hoje é mais um daqueles dias tristes e pesados. Recebemos a notícia de que minha tia havia feito sua passagem para o Mundo Espiritual. Uma das pessoas mais simples e meiga que conheci... Ela estava doente ha uns dias, resistiu enquanto pôde. Sua partida nos deixa uma saudade sincera, honesta e pacífica de reencontro na pátria maior, na pátria celestial.

São em momentos assim onde afloram nossas limitações em que nos perdemos no que só sabemos sentir. O curso da vida na Terra conforme já havia creditado a outros textos é um intervalo finito de duração indefinida e nesse tráfego aprendemos como canta Elba Ramalho a ver a morte sem chorar.

Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito
Mas que no entanto me alimenta a vida.

(Augusto dos Anjos)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Para começar bem o ano...


Phantom of the Opera Suite numa leitura D-E-S-L-U-M-B-R-A-N-T-E com o magnífico Agnaldo Rayol e Claudia. Ela alcança notas que deixam qualquer cantora com inveja! Um clássico para todos os tempos, todas as gerações...