segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Happy Halloween Everyone! †


Quando morrer me enterre de pé,pois passei toda minha vida de joelhos.
(Paulo Coelho - A Bruxa de Portobelo)

Psiu, minhas próximas idéias tem um "Q" sobrenatural, também. Já adianto...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

final do semestre é assim...

Encerramos hoje a disciplina de LIBRAS, mais que uma disciplina, um curso dentro de outro curso. Tive o privilégio de uma vez mais pagar com essa turma que 100% e já me recebe como se dela eu pertencesse. 

Gilson está nos deixando, vai para Mossoró, mas fica a saudade e o aprendizado que ninguém nunca irá nos tirar. Tenho certeza que mais que professor, ele é um amigo. Eliedson chegou depois, mas conquistou todo mundo. 

Aos mestres, direi como Simone: me dispeço como fui recebido! 
A turma: até logo, ainda nos encontraremos nesse percurso.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O que vem por aí...

Orfão desde o fim da reprise de O Clone em Vale a Pena Ver de Novo, já tenho motivos para me alegrar. Esta semana minha mestra Gloria Perez anunciou que sua próxima novela está em fase de pesquisa e já nos adiantou que a trama se passará na Turquia. 

Para que não está sintonizado no universo Gloria Perez, a autora sempre idealiza suas tramas em algum lugar do mundo fazendo conexão com o Brasil. Seja no Marrocos, Estados Unidos, Índia... Temos junto à uma boa trama um banho de cultura e verdadeiras aulas de História.
Nesta fase de pesquisa, Gloria visitou a Capadócia e postou em sua página que está encantada com a hospitalidade e a beleza do lugar, em seus posts ela também já socializou curiosidades que apontam para os diversos temas que provavelmente serão abordados.

É por essas e outras que continuo ouvindo Paula Toller dizer que sonhar não custa nada mais que tempo e esperando, sem ansiedade, o dia em que eu também escreverei uma novela.

no VII SIC em Mossoró...

Com Daysa, Ananda Lúcia, Lion e Nayane

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Coração Denunciador - Edgar Allan Poe

Ouvir sua própria voz em silêncio, nem de perto nem de longe parece ser uma atividade normal, instintiva, como a de praticar um ato insano. A voz da consciência geralmente perturba e ensurdece um pavilhão auditivo dotado de razão, medo ou uma emoção qualquer que lhes pareça necessária à alguma coisa. 

Em O Coração Denunciador, Edgar Allan Poe nos apresenta uma narrativa em primeira pessoa, onde conta a história de um crime. Há por excelência em seus escritos uma gama de simbologias mistificadoras que atenuam as possíveis justificativas do ato criminal. Contudo, em se tratando de uma narrativa sombria, gótica, de estilo macabro, vou me deter a falar desse cenário como produção discursiva à desencadear a conexão espacial com o perturbador comportamento do personagem.

Um cenário de descrição aparentemente natural torna-se um pesadelo, quando um homem, visivelmente perturbado por um olho de um velho ao qual estaria sob seus cuidados, resolve por isso assassiná-lo. A figura simbólica do olho representa para esta mente perturbada um medo avassalador, causando-lhe um pavor singular, capaz de maquiavelizar com presteza e dedicação um crime do qual o próprio assassino se envaidece. 

Na casa onde acontecem os fatos, o narrador ilustra com todas as formas, tamanhos e cores passagens que transportam nosso imaginário a visualizar a porta, as frestas da janela, a luz da lanterna e olho do velho. Elementos essencialmente naturais de uma narrativa qualquer, que o Poe transforma em pontos de referência nas cenas de terror.

Movia-a lentamente. . . muito… muito lentamente, a fim de não perturbar o sono do velho. Levava uma hora para colocar a cabeça inteira além da abertura, até podê-lo ver deitado na cama. Ah! Um louco seria precavido assim? E depois quando minha cabeça estava bem dentro do quarto, eu abria a tampa da lanterna cautelosamente. . - oh, bem cautelosamente! Sim, cautelosamente (porque a dobradiça rangia) . . . abria-a só até permitir que apenas um débil raio de luz caísse sobre o olho de abutre. E isto eu fiz durante sete longas noites. . . sempre precisamente a meia-noite. . . e sempre encontrei o olho fechado. Assim, era impossível fazer a minha tarefa, porque não era o velho que me perturbava, mas seu olho diabólico (POE – 2007, pág. 175)


Percebe-se assim, que elementos simples, assumem papéis indispensáveis para impactar o leitor ante um cenário agora eminentemente macabro. Em um texto não gótico, por exemplo, a porta poderia significar uma saída, a lanterna, uma luz, o olho azul não necessariamente algo que causasse pânico, terror e aflição comparado ao de um abutre (figurando miséria e morte) em tonalidades alegóricas que são características desse estilo de texto. Este sem dúvida é um dos traços mais marcantes do texto gótico: tornar sombrio elementos que possam emoldurar o pavor semântico contido na grafia.

O assassino, notadamente insano, tenta nos convencer retoricamente de sua lucidez logo no início do texto, desmembrando com cautela os planos e as tentativas de assassinar o velho de olho azul. Assim, ele reveste-se da clássica psicopatia descortinando os fatos sem nenhum remorso. 

Este conto, conta somente com dois personagens importantes, o narrador (em primeira pessoa), que é o próprio assassino e a vítima. Somente depois do crime perfeito ter sido executado, aparecem mais dois personagens: o vizinho que denuncia um grito ouvido na noite passada, e a própria polícia, que somente chega depois que nenhum vestígio poderá mais ser conclusivo. 

Nesta perspectiva, Poe nos apresenta a construção razoável de uma ciência alternativa, nesse caso a do próprio narrador, que além de executar o crime perfeito, torna-se superior à polícia, uma vez que esta, reveste-se de incapacidade, facilmente convencida pelo gentil assassino ao responder com segurança todas as perguntas do inquérito sem dar margem nenhuma à sua culpa. 

Com isso, Poe nos concede um assassino como protagonista e ao mesmo tempo como um herói, um personagem perfeito em sua composição maléfica. Minimizando ainda, o que tradicionalmente seria exaltado: o bem (a polícia que viria punir o mal, o assassino). 

Somente no final, por se tratar de uma narrativa em primeira pessoa, o leitor consegue perceber a sutileza, a objetividade da insanidade do assassino, uma vez que este mesmo, se entrega a polícia, por perturba-se ao ouvir as batidas do coração do finado, que depois de esquartejado, fora enterrado no assoalho da própria casa onde num dado instante encontrava-se a incapacitada polícia com o fiel defunto sob seus narizes, tal qual encontravam-se segundo Caetano Veloso, metaforicamente os chapados aos narizes dos tropicalistas em 1984.

O Coração Denunciador não vem apenas contribuir com estilo gótico do Século XIX, mas despertar nos leitores uma tensão para além de racional, psicológica, quando através da narrativa e dos elementos narrativos enunciados, Poe põe de encontro às concepções científicas pré estabelecidas uma lógica sobrenatural que resultam num sobrenatural fantástico, iluminando as possibilidades de se contar uma história complexa de forma simples e direta causando um verdadeiro horror psicológico em nossas mentes.

domingo, 16 de outubro de 2011

O que você quer saber de verdade


A cantora Marisa Monte nos presenteia com mais um clássico para gerações sem fim. Eis o clipe oficial da música de trabalho "ainda bem" faixa 09 de seu novo disco em pré venda: o que você quer saber de verdade.

No clipe, a diva dança um bolero (quase tango) com o lutador Anderson Silva. Desde que disponibilizou em seu site o vídeo oficial já teve mais de 1,1 milhão de acessos e o no youtube com mais de 790 mil.

Se alguém ainda tiver alguma dúvida sobre o que me dar de presente, sou capaz de perguntar: O que você quer saber de verdade?

Um mês de saudades...

Porque para compreender os designos de Deus só há uma maneira: acreditar!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A família de João Maria pede ajuda

A família de João maria pede ajuda. Ele se submeterá a uma cirurgia no coração e precisa o banco de sangue pede doadores. Independente de seu tipo sanguínio (A+) os doadores devem procurar no hospital de Pau dos Ferros fazer a doação em nome de João Maria de Moura para o banco de sangue do Hospital wilson Rosado em Mossoró.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu sou um auto de Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna esteve em Pau dos Ferros. Não preciso mais que esta frase gramaticalmente correta para expressar a magia e o contentamento de ter tido o privilégio de vê-lo de perto.

Referência viva do nosso legado cultural, secretário de cultura do Estado de Pernambuco, membro da Academia Brasileira, Pernambucana e Paraibana de Letras, Doutor pela Federal e Estadual do Rio Grande do Norte, escritor, poeta e romancista de clássicos da literatura e da televisão, como: O Auto da Compadecida, A Pedra do Reino e outros, Ariano Suassuna tornou-se há muito uma lenda viva. Sua obra, portadora de tons e matizes regionalistas, diferente do que dizem os pseudo-s críticos mal engravatados não se limita ao nordeste; a dimensão e a proporcionalidade de seus textos vão além das fronteiras do coração brasileiro, pois a verdade e a serenidade que constituem o léxico e a semântica do mestre Ariano é a mesma que constrói a vida os sentimentos do homem em qualquer lugar em que ele viva e assim, socialize-se.

Seu nome é invocado nos quatro cantos do país e no exterior como baluarte da consubstanciação das letras e artes. Nascido na Paraíba, cidadão pernambucano por excelência e direito, Ariano Suassuna capitaneou para seu discurso uma forma irreverente, sincera e direta de se expressar; abolindo assim, toda e qualquer forma tediosa de ouvir um senhor de 84 anos construir e desconstruir idéias na cabeça de jovens e adultos capazes de integrar-se e inteirar-se em uma visão de mundo sem maquiagens nem valências.

Nunca passou pela minha cabeça que um dia, nessa existência, eu teria a oportunidade, ou mais que isso, a benção (com toda veneração) de conhecer o homem que um dia me fez desfilar num 7 de setembro há tempos idos em homenagem à sua obra, e que quando mais tarde ouvi pela primeira vez “Leão do Norte” e fui arrebatado implacavelmente pela voz agrestina de Elba Ramalho me dizendo que eu sou um auto de Ariano Suassuna no meio da feira de Caruaru; eu poderia hoje dizer que reside aí o sabor mais puro e natural do estilo de todo e qualquer nordestino que se orgulhe de sua cultura, apreciando as estrangeiras, sem desmerecer suas raízes.

E por assim pensar, acredito mais ainda nas raízes e antenas que nos conectam com o mundo, porque somente sendo capazes de conhecer primeiro nossa História (raízes), seremos então capazes de captar os sinais parabólicos que nos congregam com o Homem e a História Mundial. Pois este, na condição terráquea que ocupa, continua sendo o mesmo e vivendo a mesma história tantas vezes lida. O grande problema da desvalorização do que é nosso, é que os próprios brasileiros, sentem-se deveras colonizados e assim tendem a permanecer, encarando toda e qualquer manifestação cultural como algo importado, exorcizando as formas artísticas genuínas e inatas que nascem dos processos de condescendência antropológica, e esta é uma realidade global, realidade que muito me asfixia. Mas mesmo assim, muita gente prefere continuar acreditando que depois do Pau-Brasil, a única coisa que só existe aqui é jabuticaba e que nem isso presta.

DESTACO o fato na noite de que com maestria o nosso anfitrião, ainda que segundo ele "com a voz feia" conduziu a regência do Hino Nacional à capela para 600 pessoas em coro uníssono. Isso, graças a uma falha técnica do som, que a despeito de minha afamada ortodoxia no meio acadêmico (e fora dele), vem mostrar de todas as formas, tamanhos e cores a diferença entre os que são bons e os que auto se proclamam bons por assim pensarem. Reavivando de maneira clara, simples e direta as limitações as quais se submetem os escravos das novas tecnologias; onde talvez, e somente talvez, quem esperasse pelo aparelho eletrônico para cantar o Hino Nacional, sequer soubesse com riqueza de detalhes a letra e a entonação de cada verso. É que quem sabe, faz ao vivo... Deixando claro, que isso não necessariamente trata-se de patriotismo e sim de pontos de referência nos quais postulo minhas idéias.

NOTA e CRÉDITOS DA FOTO:
Foto feita na noite de 20 de setembro no campus do IFRN em Pau dos Ferros, ao final da palestra do escritor Ariano Suassuna. Fotografado por meu orientador Dr Gilton Sampaio de Souza, a foto não se apresenta em condições de qualidade, porque o escritor não recebeu ninguém para autógrafos e fotos, esta nada mais foi que um clique de um momento tiete. Mas vale pelo registro de um dia inesquecível na história de Pau dos Ferros, que por uma noite ao menos, foi a capital cultural do Brasil e por estar eu, bem próximo de quem jamais pensei estar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nada mais que sonhos...

Esta noite eu tive um sonho
Sonhei antes de adormecer
Sonhei que sonharia para viver
Viver o que a realidade não mais me permite
Ou que nunca permitiu
Senão quando sonhara (...)
Quando sonhara em sonhar
Para ser feliz, ainda que sonhando
E ao despertar de um sonho acordado
Eu pude aperceber-me que os sonhos
Ainda quando pseudos
São apenas sonhos
Nada mais que sonhos
Não custam mais que tempo
Pois quem sabe neles acreditar
Ou por eles consumir-se?
São ainda:
Tempo que se esvai na memória dos que sonham
Dos que sonham de qualquer maneira
E eu, preciso permanecer sonhando
Sonhando acordado!
Gemendo
Chorando
Gritando
Roendo
Lacerando
Vivendo...
Um sonho que não sonhei
Por desperto estar
Esperando você sempre a sonhar.

(Fernando Júnior)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

E agora José? digo... Gloria.

O Clone terminou. A reprise em Vale a Pena ver de Novo deixou saudades. Mulheres de Areia vem aí e se a noite vai ter lua cheia, a tarde terá uma responsabilidade daquelas: segurar o Ibop.

O Clone foi, em minha opinião, até então A NOVELA de Gloria Perez, sem desmerecer nenhuma das, as implicações éticas e morais em torno da clonagem humana e as drogas são ainda, 11 anos depois temas em foco dos debates mais acalorados dos palcos da vida.

Sem esquecer que paralelo ao tema central, tomamos (literalmente) um banho de cultura oriental que mais vale que ler os livros de História do Ensino Médio. não podendo deixar ainda, de aludir aos personagens populares do Bar da Jura que encarregaram-se de mostrar a vida do jeito que ela é, do jeito que a gente gosta. Com todos os bordões e tietagens.

Agora, a pergunta que não quer calar é: E agora Gloria Perez? Quando teremos o prazer de prestigiar mais um trabalho seu? Estará escrito? Que Ala ilumine sua mente para não muito tardar; a televisão agradece e nós merecemos. Inshalá, Inshalá...
:-))