quinta-feira, 26 de abril de 2012

Greve na UERN?


Ai a UERN fala em greve de novo e os revolucionários de plantão, munidos de uma implacável perplexidade, emoldurados pelo inato e virtuoso desejo de estudar, compram a briga nas redes sociais. Acho bacana esse espírito de liderança acadêmica de alguns colegas, fico comovido... Talvez por não o tê-lo! 

Assim como também não tenho a falta de decoro em me expor ao ridículo a fim de acessos e compartilhamentos. Precisa-se de greve? Estão esperando o que? Arrochem! já virou bagunça mesmo.Mas dessa vez custe ao menos o tempo de eu assistir a novela das 7.

Eu acho tudo é lindo, e enquanto os revoltados com a causa vão liberando as pseudos tensões eu vou ouvindo Renato Russo dizer que temos todo tempo do mundo, somos tão jovens, tão jovens... e ainda como diria uma amiga “mas tão jovens” que... vou ficando por aqui, continuando a servir de mau exemplo. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Se a moda pega...

Acabo de ler e compartilhar via facebook a notícia de que um jovem de 19 anos em Campo Grande(MS) derrubou uma torre de celular 3G. Isto porque depois de algumas tentativas de fazer um download, a conexão caiu aos 99%. Nesse caso, a torre também! Se a moda pega hem... Cuidado Brisanet!!!

domingo, 22 de abril de 2012

Vale bem mais que 1,99...

Foi a menina estourar e os incomodados de plantão já se manifestaram. É incrível, mas tem gente que só vive de tentar ofuscar o brilho dos outros. Gaby Amarantos, para quem não conhece é paraense e estourou com o tecnobrega "Ex my (mai) love" tema da nova novela da Rede Globo.

Eu curti bastante, a música me pegou implacavelmente, tem até transcrição fonética do inglês (risos). Diferente dos falsos intelectuais que fazem escola com Maria Bethânia e a ex elite musical do país, eu ouço tudo, se pegar pegou! Quando eu não gosto de uma música, ela pode ser de Chico Buarque de Holanda que eu não mudo de opinião para atender modismo.

Agora o fato é que temos liberdade de ouvir aquilo que gostamos, e com os mesmos ouvidos que eu ouço Bach ou a Transfônica Orkestra de Marcus Viana eu ouço Reginaldo Rossi e Gabi Amarantos, com o  mesmo respeito à canção e ao estilo que me pede o momento. E para quem anda denegrindo o trabalho da Byoncé do Pará, vai a dica: não ouça (ainda temos esse direito) e se quiser botar na vitrine, vai valer bem mais que 1,99... Enquanto tem muita gente que nem isso tá valendo. (risos)

Meu amor era verdadeiro
O teu era pirata
O meu amor era ouro
O teu não passava de um pedaço de lata
Meu amor era rio
E o teu não formava de uma fina cascata
O meu amor era de raça
E o teu simplesmente um vira lata

Ex my (mai) love
Ex my (mai) love
Se botar teu amor na vitrine
Ele nem vai valer 1,99

sábado, 21 de abril de 2012

Três anos de saudade...


♪♫ Das lembranças que trago na vida, você é a saudade que eu gosto de ter. Só assim, sinto você bem perto de mim outra vez... ♪♫

Três anos e eu continuo mudo em busca da palavra que defina a saudade e torne leve o fardo de uma vida fadada a crescer pela dor. Para mim não se passou esse tempo nem nunca vai passar! Depois de tudo isso, a certeza da existência de Rany em algum lugar (próximo à mim) às vezes "rindo" da minha pouca fé ainda me faz cantar: 

 
♪♫ Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo Tempo Tempo Tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo Tempo Tempo Tempo... ♪♫

quinta-feira, 19 de abril de 2012

No dia do Índio...

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
 
(Caetano Veloso)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Mentes ansiosas pelo próximo livro

FOTO CEDIDA


Quando Mikhail Bakhtin disse que o ser dialógico, e portanto social, é polifônico e heterogêneo, ele não apenas reafirmou a semente plantada por Ferdinand Saussure ao dicotomizar langue e parole, mas abriu arestas e escaninhos para se pensar psicanaliticamente o Homem como ser plural, capaz de agir conforme as cadências de cada instante. Nesse sentido, a mente humana, motor primeiro de todas as ações pessoais e sociais do homem, tem sido estudada para melhor favorecer o entendimento e o processamento das atividades desde as mais simples às mais complexas. 

O nosso cérebro é formado por circuitos internos que estão perfeitamente integrados, é como se houvesse uma regência infalível em sua orquestração. Certamente por isso entende-se que toda ação comportamentalista é fruto de uma idéia gerada no interior da mente que a concebe. 

Pensando em traduzir a complexidade da mente humana e nos aproximar dos conhecimentos clínicos necessários ao entendimento destas, a Dra Ana Beatriz Barbosa Silva tem nos presenteado com um clássico seguido a outro. Autora do renomado “Mentes Perigosas” o manual de sobrevivência mais conciso do mercado livresco, nos adverte sobre a violência física e intelectual que nos oprime. Suas obras são providenciais a quem deseja conhecer o próximo e a si mesmo, este portanto, pode não ser o maior mandamento que nos deixou Jesus de Nazaré porque foi por mim flexionado objetivamente, mas é sem dúvida o maior mandamento do método sociológico.

Dando continuidade aos seus trabalhos, a Dra Beatriz já anuncia o que vem por ai, seu próximo trabalho em parceria com a Dra Mayra Gaiato e o Dr Leandro Reveles (foto) será sobre o “autismo” e focaliza as dificuldades em interação (verbal e não verbal) de seus portadores. Desde já, relevo a importância e pertinência para todos nós educadores em exercício de docência, para que somado aos saberes em torno da dislexia, possa esse novo trabalho atender as bases mais elementares de percepção e gerenciamento para com nossos alunos. 

Para ativar prévios conhecimentos e domesticar um Q de ansiedade que nos atina, a Dra Mayra Gaiato e o Dr Thadeu Reveles nos falam da doença, seus sintomas e possíveis tratamentos. Leia AQUI.

SAIBA MAIS: Conheça Medicina do Comportamento as clínicas da Dra Beatriz e sigam no twitter @mcomport e @anabeatrizpsi

sábado, 14 de abril de 2012

Qual o problema da foto?

Eu não vejo nenhum! Mas parece que sou a excessão à regra, porque a semana inteira não se falou em outra coisa. As redes sociais estão contaminadas com as  piadas  da foto da apresentadora Sônia Abrão em frente ao espelho de maiô. Não fosse famosa, quem olharia a foto? Bem nos dizia Antonio Carlos Jobim: no Brasil é proibido fazer sucesso.

Não entenderam os comediantes que a apresentadora não teve intenção de sensualizar nada, que na legenda da foto ela "justificava" a pose incomum "quando o iPhone foi lançado, a moda era tirar foto em frente ao espelho... né?" É sim Sônia está corretíssima, e essa moda nunca saiu do curriculo dos orkuts e facebook. O problema é que as pessoas que assim se fotografam são anônimas e ninguém as percebe.

A Sônia tá é inteira, sarada com mais de 50 anos num corpo de 20, ridículo são os comediantes barrigudos e despudorados que foram imitá-la para garantir a audiência de seus programas chinfrins ou lhes renderem algum acréssimo nos acessos da intenet, poruqe estão querendo desrotular o Brasil como país do carnaval e futebol para ser o país da piada.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Quem são essas pessoas?


Após ver e viver dramas que superam qualquer folhetim, tenho concisamente clara a idéia de que o mal existe e que o fato de o negarmos só fortalece sua existência. Todos os dias somos vítimas direta ou indiretamente de alguma mente perigosa que contamina o meio social. As mortes em sua forma mais cruel e desumana tem acontecido por ordem de chegada (preparem-se quem puder) porque quando você pensa que viu de tudo, lá se vem mais requinte e mais crueldade. Hoje eu li algo que me estarreceu. Trata-se de uma matéria publicada no DnOnline. Não fosse hoje sexta feira 13, menos pareceria com um conto de terror. Mas a vida há um bom tempo deixou de imitar a Arte e a tem superado com um mal que fogem todas as regras e adjetivos nos conceitos daquilo que se pode chamar de gente.

Trata-se de um trio que matava e esquartejava mulheres para combater o aumento populacional. Da pra acreditar? O fato é que os assassinos faziam isso em nome de uma seita religiosa chamada Cartel. As presas eram sempre mulheres que já geraram filhos, após o crime, tratavam os cadáveres como animais de abate, tiravam-lhes a carne e comiam para rituais de purificação, em parte, desfiando a carne e fazendo salgados para vender nas ruas (tipo pastéis, coxinhas e empadas). Após descobrirem restos mortais escondidos em seus domínios, o trio foi preso e presta depoimento. Pelo que se noticia cada um mais estarrecedor que o outro e até alegam sofrerem esquizofrenia. Não sei bem se a palavra seria essa, mas polícia já investiga novas possíveis vitimas, sendo uma delas aqui no Rio Grande do Norte.

Segundo o DnOnline, a primeira vítima do trio canibal em 2008 trabalhava como doméstica na casa e foi esquartejada e comida quando cogitou deixá-los, sua carne inclusive, foi oferecida a sua filha de apenas dois anos e a criança foi obrigada a comer a própria mãe! As próximas vítimas passaram pelos mesmos rituais com direito a registro ilustrativo e textual num livro registrado em cartório por um dos assassinos. 

Jorge, Bruna e Isabel não formaram um triangulo amoroso, mas um trio perigoso de mentes perversas, doentes que fizeram da história dos crimes em Garanhuns ser este um dos mais bárbaros. Como se não bastasse, gerenciavam os cartões de créditos das vítimas, o que foi descoberto pela permanência das faturas recebidas por uma das vítimas após seu desaparecimento e as imagens do circuito interno das lojas onde o cartão era extorquido. Segundo o DnOnline, uma das assassinas confessou participação em oito crimes com participação dos três, os outros dois asseguram terem assassinado “somente” três mulheres.

A criança que diz ter presenciado os crimes, tem hoje cinco anos, duas certidões de nascimento e com a prisão do trio está sob a guarda do Conselho Tutelar. Os demais corpos encontrados nos domínios das mentes perigosas foram encaminhados aos IML e aguardam identificação.

Definitivamente, não dá para entender o que se passa na cabeça de uma pessoa dessas. Mas dá para entender a revolta dos vizinhos que atearam fogo e saquearam os freezers com carne humana do imóvel dos assassinos. É repugnante se reportar uma matéria dessa natureza, nunca pensei em ver isso acontecer. Toda essa crueldade torna-se pior que a idéia de Elisa Samudio ter sido devorada por cães. 

Abaixo, trechos do Livro registrado pelo autor do crime “Diário de um Esquizofrênico.”

“Tudo isso que revelei, não sou eu, nem ninguém, é só a minha mente.” O autor.

Capítulo XXIV


“Um dia eu aproveitando que a adolescente do mal não estava, combinei com Bel e com Jéssica um modo de destruí-la, e chegamos a uma conclusão: matá-la, dividi-la e enterrá-la. Só que cada parte dela em um lugar diferente. Era uma noite de chuva forte, relâmpagos e trovadas. A criatura do mal estava em um quarto da casa: olho para Bel e para Jéssica com um olhar de que aquela noite seria o momento certo para destruir o mal. Todo ser humano tem um instinto assassino, e tal instinto é liberado em situações como esta. O homem também é o único ser que mata por prazer, mas até o matar por prazer é uma espécie de auto-proteção do seu eu, provando com isso que ele tem o poder sobre outras vidas.”

Capítulo XXVI

“Vejo aquele corpo no chão, Jéssica desconfia que ainda se encontra com vida, pego uma corda, faço uma forca e coloco no pescoço do corpo, puxo para o banheiro e ligo o chuveiro para todo o sangue escorrer pelo ralo. Ao olhar para o corpo já sem vida da adolescente do mal, sinto um alívio. Pego uma lâmina e começo a retirar toda a sua pele, e logo depois a divido. Eu, Bel e Jéssica nos alimentamos com a carne do mal, como se fosse um ritual de purificação. E o resto eu enterro no nosso quintal, cada parte em um lugar diferente.”

Quem são essas pessoas? Tirem suas próprias conclusões, porque graças a Deus não consigo entendê-las e isso me torna diferente delas que na minha mais nobre classificação não passam de substratos de seres humanos.

LEIA MAIS DETALHADO ONDE EU LI: DnOnline 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Teleco e Ruy em...

Teleco: Acho que vou me espichar...
Ruy: Levanta, levanta... Folgado, folgado...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O negócio é ser piriguete

...porque o que tinha de insuportável a Marcela de "Ti Ti Ti" tem de poderosa a Suellen de "Avenida Brasil" né Isis Valverde? Parabéns, nem tem como não ser fã.

Recordista em acidentes domésticos

Tudo que fica de pé pode cair, até as torres gêmeas cairam. As pessoas caem de moto, bicicleta, coisa e tal. Eu não! eu sempre caio porque estou de pé (literalmente) como uma criança quando está aprendendo a andar. Talvez eu nunca tenha aprendido a me equilibrar... E nesse sentido, a escada da minha casa tem sido palco de tombos memoráveis.

Hoje ela nem ao menos esperou eu pisar o primeiro degrau, acidentes domésticos: um molhado ou uma casca de banana que faz você virar de bunda canaça me recepcionou no final da tarde. O fato é que os joelhos já vinham doloridos ha dias. Ah joelhos, se continuarem assim vão me invalidar logo logo...

Conhecem aquela velha situação onde "o cara" se safa de levar uma surra porque usa óculos? aquilo pode não ser bem verdade, mas não fossem os meus pegado aos olhos, também não sei o que teria sido. A queda foi tão acrobática que não sei como nem porque minha cara foi literalmente de encontro à quina do primeiro degrau.

Mas é isso, resumindo a ópera, todo mundo que está/fica de pé pode cair e eu sei disso mais que ninguém. Aos cuidados dos amigos que contabilizam meus tombos, deixo mais um enquanto eu passo gelo, gel e faço massagem para tradicionalizar minhas profilaxias domésticas.

domingo, 8 de abril de 2012

Felicidades...

E nesse domingão de páscoa, quem apagou a quarta velinha foi o garotinho Miquéias que fotografa com a titia Aridiana. Felicidades...

Feliz Páscoa


sábado, 7 de abril de 2012

Kaliene Emanuelle...


 Muita gente passa por nossa vida, mas poucas permanecem. Dizem haver uma explicação para isso, por mais que nossa razão desconheça o propósito do apego e desapego a pessoas, coisas, bichos, palavras, atos e ações. Somos frutos da mesma árvore, filhos do mesmo Pai, dotados dos mesmos talentos desenvolvidos em suas particularidades conforme nosso merecimento e por isso somos especiais.

Em minha viagem pela Terra me apeguei a muita coisa, a muitas pessoas, algumas de quem gosto por demais, que me foram tiradas às pressas sem dar tempo dizer "adeus" e asism aprendi a dizer as pessoas o quanto elas são importantes, cada uma em sua beleza, em sua verdade e originalidade.Não diferente de todo mundo, eu tenho Deus, família, amigos, sonhos, projetos, conhecidos, colegas, vizinhos, animais de estimação e Kaliene. E é dela que hoje vim falar...

Quis fazer um acróstico. Conciso e bonito, algo que representasse em poucas palavras o muito que lhe admiro, entretanto, tão mais difícil que os adjetivos precisos a lhes qualificar, foi encontrar a primeira palavra que formaria seu nome. Grande por excelência, pessoa de singular estima, cativante, verdadeira, honesta entre tantos nomes que se alinham a personalidade de minha Amiga.

Eu sei e você sabe, que a data de nosso aniversário é apenas uma representação dos dias que queremos ter. Tem gente que nos deseja tudo de bom e vira as costas até o ano seguinte. É muito saudável poder brindar a vida em sua consonância com a felicidade que se constrói passo à passo, dia à dia. E é por isso, que eu, por conviver com você passo à passo e dia à dia, me despojo de toda ornamentação emblemática dos aniversários convencionais para te reafirmar, como disse hoje mais cedo, o tratado de uma amizade verdadeira, desinteressada, como poucos  tem. 

Foi você quem um dia me ensinou que só precisamos de um amigo, que muitos são luxo, vaidade e deveras falsidade e essa foi a maior das grandes lições que contigo aprendi, aprendo assim novas dimensões da alegria. Identifico em você essa Amiga, com A maiúsculo, uma que sei que posso contar no ostracismo e na glória, sabendo também que você sabe da reciprocidade do que me oferta e por isso temos sempre motivos para rir, ainda quando ninguém mais acha graça.

Sem mais o que dizer porque “a gente já passou por tanta coisa e superou, as barras mais pesadas juntos a gente segurou, você me conhece por dentro, até meu pensamento e tudo que sou” desejo-te uma metamorfose a cada dia para no seu ritmo dançar a dança da vida, como diz na música, no palco do tempo, teatro de Deus. Feliz Aniversário com meu beijo e sinceros desejos de epifania, saúde, paz e progresso constante. Estarei sempre por perto porque te gosto muito.

Páscoa à la Tânia...

Celebrar Tânia é celebrar a alegria, a rainha da alegria. O melhor é que nenhuma data é fixa, como diria Fafá de Belém é todo dia, é quase a mesma coisa todo dia... Isso porque sua presença é uma festa. Hoje à tarde, nem percebemos o entediante pôr do sol quando na cozinha mais famosa do pedaço descolamos sonoras gargalhadas e já que também é páscoa, celebramos tudo junto. Olhem que moderno o ovo de páscoa que nossa diletissima amiga ofertou a anfitriã. É ou não é uma obra de arte - a cara da originalidade:

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Nordeste na Rede Globo: Nota Zero

Elba Ramalho: nordestina, paraíbana, talentosa, educada, vencedora e quantos mais adjetivos verdadeiros eu precise elencar para desconstruir as aberrações personificadas nas novelas.


É inconcebível a performance mambembe dos personagens nordestinos nas novelas da Rede Globo. Dá pra perceber que os autores nunca ouviram falar em variação lingüística nem tampouco respeitam nossa cultura. É como se fossemos atrativos de piada e chacota. 

Estereotipar jocosamente nosso povo não passa de uma visão errada e limitada dos autores. E eu que pensei que depois de “Senhora do Destino” do renomado Aguinaldo Silva, essa palhaçada tinha chegado ao fim, porque nada era mais ridículo que Suzana Vieira “varada de fome” fazendo caricatura dos nordestinos, mais precisamente, dos paraibanos. Enquanto a novela se preocupa em faturar com merchandagem, os autores deveriam se preocupar em fazer uma pesquisa de campo digna para quem sabe pararem com essa mania torpe de em nome da “licença poética” fantasiarem uma pseudo cultura involuntária de suas mentes. 

O povo nordestino é maravilhoso, inteligente, educado, acolhedor, muito diferente do que mostram as novelas. Aliás, muitos de nós aqui, vivemos até significativamente melhor que alguns residentes do Sul e Sudeste e ridículo mesmo é quem pensa que somos ridículos assim. Falta às novelas um bom tempero chamado bom senso.

♪♫ E que venha do povo o juízo final...♪♫


Para a semana fui convidado a assistir a celebração da sexta feira na igreja católica e lá estive hoje à tarde no Patronato Alfredo Fernandes, rever a escola que fui alfabetizado, ver que continua igual me fez viajar no tempo. Pude rever alguns amigos dos idos anos de militância católica, alguns de longe e ouvir uma vez mais a belíssima narração da Paixão de Cristo em duas notas sem acorde. Costumo sempre atender esses convites conforme reze horário em minha agenda porque acredito eu, não ter resistência a nenhuma religião.

 Entretanto, fala-se muito, e mal, da minha religião, nos rotulam de bruxos, místicos e até invocadores do diabo. Porém, sem precisar entrar em defesa da doutrina espírita porque os fatos falam por si, eu questiono (não a religião) mas a prática. Acreditando que se praticássemos metade dos rituais da santa madre igreja, nem ao menos nos diriam “bom dia”.

Seja pelo fato de não mais estar acostumado aos ritos sagrados da missa ou por não reverenciar mais essa prática, o passo a passo da liturgia me parece enfadonho. Levanta, senta, ajoelha, beija... Outro ponto que merece ser questionado é a devoção excessiva que a igreja trás com seus santos e mistérios litúrgicos. É muito fácil rebater acusações do tipo “não adoramos imagens” quando a própria liturgia nos convida a adorar a cruz e beijá-la no dia de hoje. É representativo e simbólico, eu sei, mas é adoração e não sou eu quem digo, é o padre.

 Por fim e mais importante, talvez a pretensão desse tópico, seja o fato do desconforto que sinto ao entrar num lugar onde as pessoas me olhem como se fosse um extra terrestre. Não foi a primeira experiência desde que sou espírita convicto, mas repetidas vezes me sinto o centro das atenções, desviando até o foco de oração de um lugar sagrado. Serei eu tão profano assim? Talvez seja tempo de repensar antes de aceitar novos convites. 

Resumindo a Semana Santa...


Um certo dia, a beira mar
Apareceu um jovem Galileu
Ninguém podia imaginar
Que alguém pudesse amar do jeito que ele amava
Seu jeito simples de conversar
Tocava o coração de quem o escutava

E seu nome era Jesus de Nazaré
Sua fama se espalhou e todos vinham ver
O fenômeno do jovem pregador
Que tinha tanto amor

Naquelas praias, naquele mar
Naquele rio, em casa de Zaqueu
Naquela estrada, naquele sol
E o povo a escutar histórias tão bonitas
Seu jeito amigo de se expressar
Enchia o coração de paz tão infinita

Em plena rua, naquele chão
Naquele poço e em casa de Simão
Naquela relva, no entardecer
O mundo viu nascer a paz de uma esperança
Seu jeito puro de perdoar
Fazia o coração voltar a ser criança

Um certo dia, ao tribunal
Alguém levou o jovem Galileu
Ninguém sabia qual foi o mal
E o crime que ele fez; quais foram seus pecados
Seu jeito honesto de denunciar
Mexeu na posição de alguns privilegiados

E mataram a Jesus de Nazaré
E no meio de ladrões puseram sua cruz
Mas o mundo ainda tem medo de Jesus
Que tinha tanto amor

Vitorioso, ressucitou
Após três dias, à vida ele voltou
Ressucitado, não morre mais
Está junto do Pai
Pois Ele é o filho eterno
Mas Ele vive em cada lar
E onde se encontrar um coração fraterno

Proclamamos que Jesus de Nazaré
Glorioso e triunfante
Deus conosco está
Ele é o Cristo e a razão da nossa fé
E um dia voltará.

(Pe. Zezinho e Joanna)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Leitores...

Essa é Vanessa Maricato, carioca lá de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), técnica em enfermagem, advogada, fã de Luiz Gonzaga e leitora deste blog (muita coisa né?). Bati um papo gostoso hoje com ela, que generosamente me enviou esta foto como registro de sua passagem aqui em Pau dos Ferros, na barragem com nossa amiga em comum Joseane, minha ex aluna que tem espaço grafado nessas páginas digitais.Vanessa, obrigado pela apreciação. Meu beijo.

Exagerado!!!

Cazuza faria hoje 54 anos. Dele nos resta o exemplo maior de uma vida em excessos e sua música atemporal que nos decanta em cada verso. A minha? Exagerado...

Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos
Foram traçados na maternidade

Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

E por você eu largo tudo
Carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Prá mim é tudo ou nunca mais

Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado

Jogado aos teus pés
Com mil rosas roubadas
Exagerado
Eu adoro um amor inventado

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A importância da personagem

A cantora e atriz Cher, é para mim um símbolo unitário de representação de personagem nas telas e nos palcos.


Ao ler um romance, assistir uma novela ou ouvir uma narrativa qualquer, guardamos em nosso inconsciente para além da moral da história (quando eficaz) impressões e marcas de algum personagem que num dado momento da história esboça significativa importância, assim, entende-se pois a relevância do papel de um personagem dentro de uma história. É elementar, que façamos essas escolhas de modo a transferir para o personagem de ficção nossas reais convicções. Sendo o personagem uma criação, uma pessoa de ficção, isso torna-se mais claro porque logo estes representam de maneira imediata e precisa o que o autor necessita sistematizar linguisticamente na formação desses personagens e suas ações de comportamento que se desenvolvem ao longo da narrativa. 

Por esta razão, é de real valor dizer que não há personagem sem narrativa, assim como não há narrativa sem personagem. Uma vez que é nesta pluralidade existencial de representação há uma história (real ou fictícia) que residem todos os elementos necessários para sua formação e curso de vida dentro do que representará a própria vida.

Os estudos teóricos em torno da personagem de ficção advém do tratado aristotélico de que esta, ora reflete a pessoa humana, ora é construção fruto das particularidades do texto. A partir do século XVIII, as personagens se engajam nas análises dos sentimentos humanos não só nos enlaces amorosos, mas também nas relações sociais. Hoje, com o advento dos novos conhecimentos literários, a personagem é sistematizada quanto à classificação em protagonista (herói e anti herói); antagonista; secundários; planos; caricaturas; redondos. 

Diante dessa heterogeneidade em sua composição, reafirma-se a idéia da personagem de ficção como elemento vital a construção ideológica e literária do texto numa intima composição binária entre história (narração) e pessoa (personagem).

É PRECISO ESCLARECER: personagem, nesse sentido contextualizada como feminino em decorrência do artigo "a" nos termos de referência, representa universalmente o/a personagem (masculino ou feminino).

você pode me vê do jeito que quiser
eu não vou fazer esforço pra te contrariar
de tantas mil maneiras que eu posso ser
estou certa que uma delas vai te agradar.
(Ana Carolina)

A Sombra


Através de uma composição binária, elementar aos tratados teóricos literários do homem de todos os tempos, o conto de Andersen nos convida a mergulhar no fantástico mundo das possibilidades em que o Bem e o Mal assolam-nos quanto protótipo de seus estereótipos sacralizados no inconsciente coletivo de quem se dispõe a buscar sentido(s) para traçar seu próprio perfil. 

A história atemporal é contada em terceira pessoa. Nestes escritos, a sombra, passa de uma elementar projeção do Eu (narrador) e assume sua própria identidade. O enredo segue com a dualidade antes enunciada, quando o dialogismo entre o sábio e sua sombra toma proporções fantásticas que maravilham o campo semântico do leitor. E por todas as demais categorias de análise a história se divide em pares opostos, quanto ao espaço (quente e frio) numa ótica geral, bem como quando trata-se de um espaço particularizado onde pois é descrita a cena magna da sombra desdobrando-se do corpo em busca de “novas verdades” numa casa, esta adentrada apenas pela sombra do sábio, dando-lhes assim, características vitais de autonomia literária.

Acredita-se que todo homem, ou coisa que exista, tenha uma sombra, basta para isso posicionarmos este homem ou tal coisa de encontro à luz para percebermos uma cópia negra em tamanhos e circunferências deveras proporcionais ao que lhe inerte em matéria. Contudo, nos diz o narrador na página 288 que “as sombras sempre desejam ter seus senhores como tela.” Justificativa que nos leva a acreditar a causa de todo homem ou coisa ter uma sombra, uma projeção ou uma dualidade, neste caso, paradoxal ao seu senhor. 

E por nisso acreditar, podemos entender uma sombra como uma “personalidade” para não chamar de personificação de uma nova face de quem lhes projete. O homem, ou coisa que projete uma sombra seria à miúde uma Tese, que projeta uma Antítese para chegarmos a uma Síntese, tal qual num tratado dialético. E enveredando essa possibilidade, tomamos a benção ao narrador, quando ainda na página 288 denuncia que “uma nova sombra havia começado a crescer de suas pernas sempre que ele saia para o sol.” Denunciando através das palavras “novas” e “saia para o sol” o entendimento de algo inédito, nascente que já não mais era a mesma sombra em virtude do fato de seu senhor sair ao sol, ou seja, socializar-se. E se o fato de socializar-se nos causa o desprazer ou a necessidade de mostrar uma nova sombra, não seria o caso de questionar seu existencialismo? Todo homem então precisa inexoravelmente de algo que lhes projete, que lhes socorra ou denuncie uma outra realidade sucumbida nos escaninhos da alma.

Em determinado momento do conto, talvez no ápice da estranheza que maravilha nossos sentidos, o sábio perde a sombra e nem de encontro a luz consegue então vê-la, sentindo-se talvez um Drácula diante de um espelho, para mais tarde de encontro com sua antiga sombra, esta lhes contar o que havia dentro da casa (novo universo) descortinado à audácia de nele e por ele adentrar. Esta, quando em contato com o mundo novo, deixa-se ludibriar pelas novas sensações tácteis e não tácteis que contaminam a conduta de um homem ou até mesmo... de uma sombra.

A ascensão social da sombra, agora personificada aos olhos dos demais, nada mais é que a mesma história tantas vezes lida pelos pseudo-s afortunados que necessitam serem regidos pelo respeito e a vaidade capitalista. É assim desde a burguesia, ainda existente e será até quando o protótipo do homem não mudar. 

Uma vez mais, a composição binária fará valer de que todo enredo, assim como em nossas vidas, tem dois caminhos. Agora entretanto, perto do final do conto, é quando o sábio, que há essas alturas já nem se mede o tamanho de sua sapiência, deverá submeter-se às humilhações de sua antiga sombra que agora quer ser seu senhor, reafirmando que com isso, este deveria prostar-se aos seus pés. Uma vez negado, tem o sábio, sua vida aniquilada num terrível calabouço.

Se nos compararmos ao sábio ou a sombra, é possível que nos identifiquemos comportamentalmente com os dois, pois sendo um só, revela-se multifacetado que a despeito de nossa covardia e de nossos olhos narcisistas enxergaremos nosso lado escuro apenas como uma sombra, e as sombras são apenas sombras...

...aonde vai o corpo vai a sombra nunca estamos sós...
(Dalto/Claudio Rabelo: Fafá de Belém)

A dama no espelho: reflexo e reflexão


Metaforicamente, e certamente há de ser estilisticamente a forma mais processual de nos analisarmos com verdade, somos transladados pelos escritos de Virginia Woolf a refletir sobre nossa imagem quando confrontado a um objeto de reflexão que nos projete com exatidão aquilo que nem sempre revelamos dado ao uso obrigatório de máscaras e cultivo dessa prática como uma religião.

A palavra “espelho” em francês, “miroir” vem de “mirari” que quer dizer olhar com espanto. Se alguém se olha com espanto, certamente não se (re)conhece completamente ou teme que seja visto por mais alguém da forma como tal seja assim revelado, ou melhor, refletido, mostrado. Por isso a autora começa nos advertindo do perigo ao deixarmos espelhos pendurados nas paredes de casa. Eles podem ser perigosos... ainda que para a Psicologia, persona é o que não é e ao mesmo tempo o que dizem ela ser; enfrentamos então este risco. Risco das análises e reflexões em terceira pessoa (he, she and it) que farão então de nós a autenticidade das nossas identidades.

Personificando o espaço, através de um ambiente antrópico - a sala - adquire características humanas. Assim, entende-se que a sala seja o próprio observador e o espelho a realidade nua e crua. De modo que temos então uma projeção perfeita aos olhos de alguém. Porém uma visão limitada, condicionada pela finitude da latitude e da longitude que emolduram essa realidade, ou melhor, este espelho, porque “até ser cortada em ângulo pela moldura dourada” nada além pode ser contemplado, apenas imaginado, levando-me a questionar essa “perfeição” doravante, desconstruída pela própria autora.

O conto segue fazendo revelações da vida da senhora Tyson através dos objetos que a desnudam, assim como nossos acessórios sempre dizem muito da gente, as cartas dela a revelavam impiedosamente sacralizando a curiosidade e audácia da espectadora sala de estar ou quem sabe nós mesmos. E a visão incompleta do refletor da sala vai descortinando à própria sala traços de uma sucumbida personalidade, que ao final, refletida de fato e por direito no espelho, sem brilhantismo semântico, não é nada do que fora antes mostrada de forma torpe. Talvez, e apenas talvez, ela nem ao menos se reconhecesse face ao que lhes fora revelado, porque assim nos escreveu meu poeta e “espelho” para melhor dizer o que porquanto só sei sentir “só nós somos sempre iguais a nós próprios.” Com a vossa benção, Fernando Pessoa em heterônimo a Ricardo Reis, que também soube dizer “fiz de mim o que não soube. E o que eu podia fazer de mim não fiz, o dominó que vesti errado, conheceram-me logo por quem não era e eu não desmenti. Quando quis tirar a máscara, estava pegada à cara.” Porque para concluir dialogicamente com o poeta português me resta apenas questionar o motivo pelo qual condicionamos nossa liberdade de imagem atendendo convenções e regras para mais tarde, ao final do conto, o espelho revelar apenas a verdade nua e crua ante o descomunal desejo de retirar as máscaras e quebrar os espelhos para não mais dizermos que não fomos comunicados de que “ninguém devia deixar espelhos pendurados em casa...”

... o inferno e o paraíso são espelhos do que somos nós...
(Dalto/Claudio Rabelo: Fafá de Belém)

domingo, 1 de abril de 2012

O domingo é de ramos e a semana é santa

Hosana ao Rei! Faço minhas as palavras do Pe Fábio de Melo "A multidão que hoje festeja e comemora é a mesma que gritará o pedido de condenação depois. A liturgia faz memória à crueldade humana."