tag:blogger.com,1999:blog-71083181152830246072024-02-18T17:56:47.770-08:00Fernando JúniorFernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.comBlogger732125tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-41353586183504371272017-10-04T13:29:00.001-07:002017-10-04T13:38:04.929-07:00Do meu olhar para fora<div style="text-align: justify;">
Do meu olhar para fora, no bojo das polissemias contemporâneas, da elasticidade conceitual e partidária que define o que é Lei e o que é Arte, reitero/ reafirmando meu ponto de vista sobre a polêmica exposição no museu de São Paulo: não considero arte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não sou nenhum crítico de Arte. Sou, como a maioria das pessoas que andam violando as opiniões alheias, um reles apreciador e como tal, como pai, como apartidário, não consigo me render aos efeitos de sentido desta exposta complexidade. Acho indecoroso e desnecessário a presença da criança na exposição, ou pior, a participação da criança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Posso até estar me tornando careta, cafona, anormal, involuído para tanta modernidade que insiste em me rodear, mas enquanto houver nessa cachola a lucidez que me permite não prostituir minhas ideias e convicções para parecer cosmopolita, assim resistirei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por ocasião, gostaria de lembrar-vos, senhores, já que os argumentos apelativos da última hora foram de encontro a exemplos esdrúxulos de comportamento artísticos na década passada, alguns exemplos daquilo que EU considero arte na ótica do nudismo:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O polêmico show de Gal Costa em 1994, dirigido por Gerald Thomas "O sorriso do gato de Alice", onde a cantora abre a blusa e mostra o seio na interpretação da polêmica e protestante "Brasil":<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/fwotiojBvBI" width="459"></iframe><br />
<br />
Mais dois exemplos:<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/pX9WE_qxoao" width="459"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/EOokhgr8FbA" width="459"></iframe></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-49062664609932426892017-09-07T12:27:00.000-07:002017-09-07T12:27:04.920-07:00Um regionalismo mal compreendido em "dezessete"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG-6wDJILuVtayIsUcLmf4MJEg8NkBmuL5mpvTPDv2fNWj-Nm7e_ocFalmWkgPSXTPy5PINskZBaukEjBiJoajspc_QSc8fTlH6GufdaunlEqFG6whZDWLVwsKKxrzcuv_jV6TdchM0LM/s1600/dezessete.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="458" data-original-width="960" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG-6wDJILuVtayIsUcLmf4MJEg8NkBmuL5mpvTPDv2fNWj-Nm7e_ocFalmWkgPSXTPy5PINskZBaukEjBiJoajspc_QSc8fTlH6GufdaunlEqFG6whZDWLVwsKKxrzcuv_jV6TdchM0LM/s320/dezessete.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É possível que não me
enquadrando na categoria de leitor cosmopolita na qual prefacia “dezessete”, o
senhor Valério Alfredo Mesquita, discorde da desconstrução regionalista à que
atém José Sávio Lopes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Antonio Candido, certamente
o maior crítico literário da contemporaneidade – recentemente falecido, nos diz
que a literatura é um produção social que se estabelece diante de uma função
retroalimentativa e se manifesta por dois vieses: o temático e o estético. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se do ponto de vista temático,
o autor dos romances “São Sebastião da bexiga e o gênesis trinta e oito” e “Quem
matou Odilon Peixoto?”, preserva em “dezessete” a despretensiosa linguagem de
um brejeiro erudito; do estético então nem se fala! A formatação ensaística das
obras de Sávio favorecem pelo discurso direto e indireto livre, a composição de
personagens reais e fictícios sob um panorama completamente interiorano, no
mais completo <i>“furgere urbem”</i> de um
território marginal elástico à civilização moderna pretensiosamente aparelhada
à emancipação. Esta, sendo ainda, uma questão de composição espacial, para além
do geográfico, se manifesta livremente não só pelas paisagens, mas pelas
emoções despojadas em um Mestre Antõe, por exemplo, cantando para um rei nas
portas de um castelo nos fazendo através da consciência coletiva, rememorar o
reino encantado que tão bem desvelou o regionalista moderno/ contemporâneo
Ariano Suassuna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dezessete não é um romance
metropolitano, bem como – creio, não seja a alma de seu autor; mas um romance
histórico costurado pelas vielas da revolução de 1817, “[...] também conhecida
como a Revolução Pernambucana ou Revolta dos Padres, tinha como objetivo criar
o norte do Brasil, uma república livre do domínio português.” (LOPES, 2017, p.
37), e inaugura, não apenas pelo escaninho cabalístico de estar sendo lançado
em 17 (2017), mas pela orquestração dos elementos narrativos e documentos
históricos, que segundo atesta o também comentarista da obra Nelson Patriota,
um eficaz método de escrita, um modelo de literatura completamente inovador nas
terras potiguares: o romance histórico baseado em fatos reais (vide pesquisa
documental).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ressalvo ainda a não
submissão a tirania gramatical que preserva nos romances de Sávio o dialeto
regionalista que contribuem para a preservação da espécie. E como, pois, não
compreendê-lo como regionalista? Enquanto professor de Literatura gostaria de
me oportunizar destes escritos para esclarecer uma inquietude que recorrentemente
vem à tona: O que é ser regionalista? Anos passamos estudando em método
decorativo autores pertinentes a essa categoria. Escritores como Euclides da
Cunha, Raquel de Queiroz, Graciliano Ramos entre outros e permanecemos presos a
geografia do texto e ao período de produção, apenas. No entanto, esse
pensamento é muito pequeno e provinciano, e nada cosmopolita! O regionalismo
não está restringido ao nordeste, nem muito menos ao cangaço. Cada estado/
região de um lugar é por si regionalista, absolutista em sua cultura e
sobretudo em sua linguagem. Não há razões geográficas nem literárias para não
considerar “a hora da estrela” de Clarice Lispector, por exemplo, um romance
regionalista. O processo migratório da personagem é o mesmo dos retirantes em “vidas
secas”, de Graciliano Ramos, a situação existencial é que muda, e isso é
atendido conforme as verdades de cada época. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em outras palavras, por mais
fiel que Sávio tenha sido, ao estabelecer em seu propósito romanesco o reconto
de fatos reais, há um distanciamento dos fatos em ebulição na mete de um
novelista e, dentro dessa chaleira, uma xícara é servida em cada capítulo
fundindo-se o real e o imaginário na perspectiva mais congruente da literatura:
a universalização. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Da freguesia de Pau dos
Ferros<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Fernando Júnior</b>, 07 de setembro
de 2017. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Data em que morreu o tirano General
Luís do Rêgo Barreto, nomeado por D. João VI comandante da repressão que
massacrou os pernambucanos em 1817.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-37820270185033907172017-04-16T12:05:00.002-07:002017-04-16T12:05:32.631-07:00Uma Escola e uma professora que todos queriam ter<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgViXzoIVi2jq57NPPXYyAsvXnwSulv4s3a9sLbIevrhk3AjFmbsDyOJtH3T8m7PY62t-O6ycK-Ppzdw_UVIbDLTq2y751_6MXHdPnEwMwXtXQdFx6SXt3Ma9NNei_SKNKPbFar39rZZjA/s1600/helena4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgViXzoIVi2jq57NPPXYyAsvXnwSulv4s3a9sLbIevrhk3AjFmbsDyOJtH3T8m7PY62t-O6ycK-Ppzdw_UVIbDLTq2y751_6MXHdPnEwMwXtXQdFx6SXt3Ma9NNei_SKNKPbFar39rZZjA/s320/helena4.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não raro as escolas estão compondo os espaços da ficção na TV. Quem nunca pensou em visitar a biblioteca de Hogwarts em Harry Potter, o giga byte café no Múltipla Escolha de Malhação ou mesmo o colégio Elite Way de Rebelde?</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRSJAiH21iYzdyDCRSJctN-S72ymma3N5JZA-_1Aqh_YypeYwPNuhYxXVgRZC0UvFAO9oOlFBLxS4gHcAtzfbeidcqxvOaCmcUnBatHiqBv-GHGoqNd8WA9AF97nn4vuSQX-5Rn5sVfo/s1600/helena5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLRSJAiH21iYzdyDCRSJctN-S72ymma3N5JZA-_1Aqh_YypeYwPNuhYxXVgRZC0UvFAO9oOlFBLxS4gHcAtzfbeidcqxvOaCmcUnBatHiqBv-GHGoqNd8WA9AF97nn4vuSQX-5Rn5sVfo/s320/helena5.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Elas parecem todas espaços de aprendizagem que qualquer aluno gostaria de frequentar, longe dos tradicionalismos e centrada em uma perfeição onde a magia parece estar no ar. Nenhuma delas porém supera a ESCOLA MUNDIAL da telenovela mexicana CARROSSEL que encantou minha geração. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqrXlAyC-xWmJuyzCeerJEkKNq5pDI6WD21JXTFz1DZKi_wn4TuG8gr4Mk9V72z3XGNJF3itR-znmW3yX9XKwDsNeHkbe97iB3f4eVcFhClj4fXkeaEpWqwLzuB2zNBZMAGlkH7aurOVc/s1600/helena6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqrXlAyC-xWmJuyzCeerJEkKNq5pDI6WD21JXTFz1DZKi_wn4TuG8gr4Mk9V72z3XGNJF3itR-znmW3yX9XKwDsNeHkbe97iB3f4eVcFhClj4fXkeaEpWqwLzuB2zNBZMAGlkH7aurOVc/s320/helena6.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
O encanto e a docilidade da Professora Helena foi responsável por uma infância feliz que nunca mais irá voltar! Por mais que algumas crianças hoje procurem curtir esses clássicos de um passado saudável, não se recupera mais na integralidade a magia de quem viveu a época. Era tudo muito perfeito, bonito, puro e encantado.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7ShGwqbT1qgkcAk4I0cBAtrglRIDK1kS9kBjq9OFf92GMneU0n3nUVl_aKHJO_0XP6fUYYoPDs0xp2ZN4F8ySuTPAum6Mz2LcfxiT1sFCY_8Vs88v_MpRDp81U5T8HVJVTB4ThWN_PQ8/s1600/helena3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7ShGwqbT1qgkcAk4I0cBAtrglRIDK1kS9kBjq9OFf92GMneU0n3nUVl_aKHJO_0XP6fUYYoPDs0xp2ZN4F8ySuTPAum6Mz2LcfxiT1sFCY_8Vs88v_MpRDp81U5T8HVJVTB4ThWN_PQ8/s320/helena3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
E eu só abri esse posto por pura saudade... </div>
<br />Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-3511438566742138512017-02-14T17:22:00.001-08:002017-02-14T17:22:40.958-08:00Como diria Carlos Rodrigo: só uns rabiscos...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAS84NAC99zHarSg5f3DKIwByEikRaTMpURFtETQ6dsuY-PZB-wOaGNQ-q5-hiN02Vbyb3072ZR-j4_xxOOhPn4UHPfEZps8EOJLj2nGw3RDQikfvt9Q-QJ5MRqOPvLLLkwOhnYgGpabI/s1600/vaidade.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAS84NAC99zHarSg5f3DKIwByEikRaTMpURFtETQ6dsuY-PZB-wOaGNQ-q5-hiN02Vbyb3072ZR-j4_xxOOhPn4UHPfEZps8EOJLj2nGw3RDQikfvt9Q-QJ5MRqOPvLLLkwOhnYgGpabI/s320/vaidade.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Incomodar alguém na esfera
acadêmica é diferente de incomodar alguém na rua por causa de um perfume
desagradável, por exemplo. Incomodar alguém, academicamente falando, é
despertar no predador uma ânsia de colonização ideológica orvalhada pelo
recorrente desespero (e desrespeito) dos “imperialistas” que não admitem subterfúgios das suas
teorias emergentes, instantâneas, alicerçadas pelo desejo, ou tara, da última
hora. Assim apenas fosse não entraríamos nas inúteis vaidades que emolduram os
aspectos mais triviais e inúteis de suas aparições impostas. Incomodar alguém
na esfera acadêmica é, antes de tudo, saber que vai despertar no outro o nível
mais brutal da inveja: a dos saberes. E é assustadora, e reveladora ao mesmo
tempo, a perseguição – quase edipiana, que se instaura àqueles que não
prostituem suas idéias nem por medo, nem por conveniência. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tenho dito!</div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-2795184780438927572017-01-29T04:33:00.000-08:002017-01-29T04:33:22.496-08:00O naufrágio das modinhas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjza5mIAKSCh3wZn6PmtyteAlxSyJ9eF_axLUdElzB45POJAhHoBOwU4qhEb1IEOGzDAjPMsGJzyKYjB5YoQPWMTJKJsFcwaub-7Ra1zC_1QjrGxqXy3NmZLavJzOBDosCmqSsj4_-nTMo/s1600/estampasnapchat1-059d0666fac596072514757924895640-320-0.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjza5mIAKSCh3wZn6PmtyteAlxSyJ9eF_axLUdElzB45POJAhHoBOwU4qhEb1IEOGzDAjPMsGJzyKYjB5YoQPWMTJKJsFcwaub-7Ra1zC_1QjrGxqXy3NmZLavJzOBDosCmqSsj4_-nTMo/s1600/estampasnapchat1-059d0666fac596072514757924895640-320-0.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É inevitável para os
escravos das redes sociais não sentirem o cataclismo das modinhas lexicais e semióticas
que volta e meia acorrentam a geração salsicha. Há quem a chame de coxinhas,
mas como essa idéia nunca ficou muito clara para mim, talvez por estar sempre
associada à concepção política, prefiro não entrar na modinha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As modinhas das redes
sociais se expandem numa velocidade, como diria Caetano Veloso, estonteante;
ela não arrebata apenas pela idade ou pelo número de propagação, mas pela ideia
que a reprodução em massa nos torna ativos em uma geração de... Deixa pra lá...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas o que consola essa
repetição é a atenção voltada não somente às redes sociais. Devo opinar,
entretanto, na minha área de concentração discursiva: livros e literatura.
Voltando o tempo – bem pouco tempo, mais precisamente nos anos 1960, houve uma
geração de novos talentos que se não escrevessem à sombra de Guimarães Rosa,
Clarice Lispector ou Rubem Fonseca não acreditavam estarem fazendo Literatura,
e com isso forçavam tanto a barra que o estilo do autor – do verdadeiro autor
se perdia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É preocupante perceber que,
ainda hoje, este é um dos grandes problemas em meio às produções
contemporâneas. Eu, por exemplo, quase não diferencio duplas sertanejas porque
elas mudam apenas de nome (com raríssimas exceções), mas as interpretações são
sempre reprodução das mesmas, o vestir, as notas musicais, etc. Sem falar na
carreira paralela de modelo que o cantor é obrigado a fazer junto aos palcos. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">São essas medidas de
emergência que tornam as pessoas sem identidade, sem capacidade de criar ou
viver seu próprio estilo. Estamos posicionados no tão esperado século apenas
como antenas parabólicas – prontos para receber os sinais e transmitir,
escravizados pela linguagem rebuscada que ativa os fluxos da consciência, pela
vulgaridade, pela oscilação irremediável das ideias e, mais ainda, pela
incapacidade de querer não acompanhar o naufrágio das modinhas.<o:p></o:p></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-50279057848362137132016-11-18T11:33:00.001-08:002016-11-18T11:33:07.091-08:00Nem tudo que reluz é ouro<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<i><span style="font-size: large;">Tinha o cérebro oco, parecia-lhe que sua cabeça estava em jejum.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<i><span style="font-size: large;">Clarice Lispector in Onde estivestes de noite.</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF0yxjUY5QsUkA8kxc3_NB_HOa2xA7145Pb1x6vXgolxJY5T7b013skcAuYKdR_NeSzFGoYsQvme7QkwK1MIrmP_ZyROSF4Ba78Yqb-mNoc9siwsWBp0hKZWsZYRHge5w6agAO_D8ocaY/s1600/livros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF0yxjUY5QsUkA8kxc3_NB_HOa2xA7145Pb1x6vXgolxJY5T7b013skcAuYKdR_NeSzFGoYsQvme7QkwK1MIrmP_ZyROSF4Ba78Yqb-mNoc9siwsWBp0hKZWsZYRHge5w6agAO_D8ocaY/s320/livros.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Retomando a velha questão
onde me oportunizei debater no texto “adiposidades literárias”, publicado aqui
anteriormente, gostaria de hoje convidar vossa senhoria a dirigir um olhar
cuidadosamente calculado às análises literárias das quais volta e meia somos
reféns. Principalmente quando esse sequestro ideológico se dá através das obras de autores de tendências contemporâneas, como Clarice Lispector, Caio F. Abreu e outros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se há por parte de alguns escritores o excesso cultista no viés da
linguagem rearranjada em ornamentos dispensáveis, há muito mais por parte dos
leitores a tentativa conceptista de nos convencer de algo que nem ao menos fora
dito, senão por eles próprios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tzvetan Todorov em <i>A literatura em perigo</i> nos chama a
atenção para o papel do ensino de Literatura em uma sociedade onde ler poemas
e romances nos aponta a uma crítica emergente da condição humana, seja ela de
forma tradicional ou moderna; entretanto, a sensação que temos é que depois de
Freud e a psicanálise nada escapa ao crivo da sexualidade. Evidentemente a culpa
dessa necessidade forçada em engajar a literatura de qualquer tipo no tripé
psicanalítico não é de Freud, mas dos leitores que se auto proclamam freudianos e se comportam de maneira automatizada pela ciência moderna.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Esta, a meu ver, é uma
tentativa não somente forçosa, mas tosca que nos serve de engodo às leituras
alheias. Não se trata de censurar texto A ou B, mas de ter a maturidade em ler
e interpretar a literatura sem obrigatoriamente erotizar o texto. Muitas vezes
essa busca desesperada em explicar o espaço ou a ação de determinadas
personagens nesse espaço sob um viés erótico acaba reduzindo ou mesmo excluindo
o que o autor quis dizer (e disse), para dar vez e voz ao devaneio do leitor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A Literatura, sendo uma das
sete Artes, está contextualizada em um tempo histórico
e com as vivências do autor; ela não nasce de um sopro divino favorecido pelo
acaso, mas de uma elaboração contextualizada que nos permite, através do texto,
detalhar um olhar sociológico, antropológico e também, é claro, psicanalítico,
quando é pertinente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imaginemos, portanto, através de um exemplo grosseiro criado agora, uma suntuosa dama de vermelho sentada em
seu apartamento faraônico, a meia luz, com um cigarro entre os dedos. Esse
poderia ser o início de qualquer romance; logo, essa descrição seria conduzida
pelos megalomaníacos da psicanálise a interpretar coisas do tipo: Humm, o vermelho representa
isso, o cigarro é cilíndrico, então é fálico, a ponta do cigarro estava acesa? Se
sim... E por aí segue uma gama de argumentos (leia-se artifícios) para
justificar a mulher sentada fumando. Com isso, esquecem esses analistas de
buscar compreender o óbvio: por que ela estava sozinha em companhia apenas do
cigarro, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por fim, gostaria de dizer
que esse texto recalcado não está direcionado a ninguém especificamente, mas a
uma época: a época em que vivemos onde toda figurinha de dente escovado gosta
de brincar de psicanalista e por isso se sente um grande gênio. E aos que assim
se comportam, recordo as palavras de João Cabral de Melo Neto “Não se deve
poetizar o poema, isso tiraria sua beleza natural, como quem ousa perfumar uma
rosa.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">DICA DE LEITURA:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Poesias Amorosas/eróticas de Gregório de Matos. Adianto que nem precisa de Freud para ver tanta... Parei por aqui! </span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-77616605585237308442016-08-05T06:40:00.001-07:002016-08-05T06:40:17.081-07:00Carta para Carlos Magno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Mj2_pSAwKFr4zCHKQVFOc8Hc7Qud4CSaC4ni0ivvNgoV0tiAfWjAcnSUFgHGFmMM8AoTr9RLusx7Wo2Weie0r1Hu4IOjcKAyV6AIzmE-vVbELMgH71_vI6ZK6_k4kd_XlDZKEg4hhM8/s1600/escrita-pena-e-vidros-414177.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Mj2_pSAwKFr4zCHKQVFOc8Hc7Qud4CSaC4ni0ivvNgoV0tiAfWjAcnSUFgHGFmMM8AoTr9RLusx7Wo2Weie0r1Hu4IOjcKAyV6AIzmE-vVbELMgH71_vI6ZK6_k4kd_XlDZKEg4hhM8/s320/escrita-pena-e-vidros-414177.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Meu bom irmão eleito,
que saudade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Espírita, vivi todo
esse tempo à espera de sua carta que nunca veio cansando aquela velha máxima de
que o telefone só toca de lá para cá. Como é difícil estabelecer um contato com
o silêncio, ouvindo a nossa própria voz e fazendo de contas que ela é, também a
sua, falando aos nossos corações... Foi nesses anos esmaecidos pelas procelas
que nos acometem que recebi no camarim de Elba Ramalho uma mensagem sua no meu
celular pedindo para que o considerasse o irmão que a vida lhe negara, lembra?
Eram tempos difíceis, mas nada lhe parecia impossível! Rapidamente você conseguiu
destruir a imagem sisuda do “brinquedo do cão”... Essa missiva com M de memória
certamente se alicerçará assim: cheia de reticências... Você foi uma das
primeiras pessoas a confiar na minha escrita, me incentivou a escrever uma
novela, e falou-me da importância desses registros grafados de maneira singular.
Falávamos tanto nos capítulos – da vida e do livro, enquanto comíamos aquele
ovo cheio de lipídios a entupir nossas artérias... E era tão gostoso. Até hoje
ainda o faço, mas não é tão gostoso quanto àqueles que saboreei em sua
companhia. Acho que perdi-me no Tempo Tempo Tempo Tempo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Na verdade, desde que
você se foi, tenho pensado muito na quantidade de amigos que descobri em seu
entorno. Aquela despedida ao pingo do meio dia, ou melhor “ameidiinha” me
deixou muito confuso. Você sabe que quase não os encontro mais?! Eles quase nem
falam em você... E quando falam é querendo ser você... Tsc Tsc... Devem ter se
acostumado com a sua assombrosa ausência. Eu sei que essa não é uma boa
notícia, mas por aqui pouca coisa evoluiu, sobretudo se pensarmos essa coisa
referindo-se à especificamente à conduta humana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Eu consegui terminar o
curso de Letras, fiz uma pós e estou voltando para fazer Letras novamente,
dessa vez com habilitação em Língua Portuguesa. Finalmente seu conselho faz
sentido, mas sinto que perdi muito tempo, até envelheci e já me cansei de
algumas babaquices que ontem faziam sentido, deixei passar algumas
oportunidades... Merci? Mas sei também que o mesmo cara que cuida de você aí,
olha por mim aqui. Continuo ouvindo os mesmos discos e concordando com Elis
Regina, mas que nunca: nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não
enganam, não. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É meu irmão... São
tantos assuntos... Tantos muitos que nem sei como falar... Não podíamos ter
vivido melhor. Concorda? Você continua representando a maior expressão de força
em nosso meio. Não o tenho como modelo para tudo, é claro, mas você sabe do que
estou falando e isso é outra história. Libertário, canhestro, pai, irmão, amigo
e mestre, eram tantos em um só que lhe tornaram incomparável. E isso ainda
incomoda! De quando em quando vejo atos falhos nos discursos que ecoam
invocando seu nome em vão. Tenho muita curiosidade em saber como você vive
hoje, e lamento por aqueles que não o conheceram... Tantas vezes nossa mãe e eu
pedimos para sonhar com você e todos os dias acordávamos tomando um choque de
realidade desconstruindo todos os pensamentos que tentamos maquiar, manobrar,
mudar...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Por aqui pouca coisa
mudou. Repito. Não me entenda, entretanto, como pessimista ou dramático, mas
lembre daquela sua frase “se as mudanças acontecem sempre em favor do pior, que
permaneçam as coisas como estão” e deixe Caetano cantar que nada há de novo
sobre o sol. As pessoas continuam se expondo nas redes sociais sem nenhum zelo
por suas intimidades. Estão cada vez mais viciadas, dependentes e carentes... Para
completar até andam caçando Pokémon, ricocheteadas pela infantilidade tardia e
inoperante. Eu diria que estão bem piores que você, que costumava fazer um fake
fingindo sair de circulação no mundo digital, mas continuava lá de olho em tudo.
Desculpe contar esse segredo, mas ele já não é mais nosso, apenas. Estamos nos
aproximando da política, aquela “degeneração gordurosa das organizações da
incompetência” e como é de costume, aqui, as pessoas passam a viver em função
disso e oportunizam-se para fazer ecoar todo tipo de mazela social. Desde a
caça aos pobres até os sem fim...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">No trabalho, para quem
abraçou nosso ofício, continuamos naquela vida severina, mas gratos pelo pão e
pelo café de todo dia. Em todos os setores dessa existência continuamos
medíocres: opressores e oprimidos pela radicalização violenta de tudo com
todos. Continuamos maledicentes, receptivos a doenças no corpo e na alma – o
que é pior ainda. Quase não temos tempo para ajudar ninguém, afinal, ninguém
nos ajuda. Cada dia está mais difícil professar a fé, ainda bem que você não
teve que passar por isso porque você foi quase o revés de Clarice Lispector em
nosso meio, não é? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pois, pois... Muito
pouco evoluímos. Mas eu estou feliz, na medida do possível. Tenho uma filha
linda, se chama Walquiria – igual minha primeira novela, àquela que lhe
dediquei, mas não lhe deu tempo de ler. Depois dessa fiz outra. Não, não outra
filha, outra novela. Ainda nem ao menos paguei Semântica para brincar assim com
você. Muito raramente, também, encontro sua filha, mas ela cresceu e como qualquer
adolescente que descendesse geneticamente de você, carregaria traços tão seus
que custa olhá-la sem se emocionar. Acho que tudo isso se resume em uma
palavra: saudade. E junto dela, a necessidade sôfrega de manter-lhe vivo nos
livros, cachimbos, uísques e escaninhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">PS.: Se você encontrar
Ranielle, por favor diga-lhe... Que permanecemos por aqui “na sagrada saudade
que deixa continuar.”<o:p></o:p></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-52927321409738805772016-05-23T13:19:00.000-07:002016-05-23T13:19:20.415-07:00Pela luz dos olhos teus...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcu_1ztoHSFTvENr4RSdc192VoHLxUa3-Tau-WHR9MmkrRMTQULswhlkBlqDUjkURbdbtJFjIqQ1Vwf05C4bGrhTj4xkefvhvDmCIdLS19X7AE9WLK6w-4oH3Ip03r6U2lgY4qXsTC8o8/s1600/olhar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcu_1ztoHSFTvENr4RSdc192VoHLxUa3-Tau-WHR9MmkrRMTQULswhlkBlqDUjkURbdbtJFjIqQ1Vwf05C4bGrhTj4xkefvhvDmCIdLS19X7AE9WLK6w-4oH3Ip03r6U2lgY4qXsTC8o8/s320/olhar.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dali a tempos já havia se revelado uma heroína, não
dessas inglesas cujos olhos em tom machadiano se banhando nas águas
shakesperianas, diluem-se em leite ante as tonalidades que no Brasil revelam-se
inoperantes, mas de um ímpeto abrupto cuja fortaleza se desvela no pretume do
olhar majestoso ao observar pela segunda vez uma cena partilhada em crônicas
mudas. Silenciosa, da primeira vez me disse marejando os olhos – numa carona,
que sentiu seu coração partir ao ver uma pobre senhora apanhando da lata de
lixo um lanche para alimentar seu filho colado à barra da saia; o lanche havia
sido jogado por alguém da sacada de um prédio e isso bastou para silenciar toda
moral da história tornando a crônica mais muda que a das palavras não escritas.
Hoje, convicta das voltas que a vida dá, algum tempo depois daquela cena, da
simplicidade buscada pelo poeta, inconscientemente até, não sabendo que suas
experiências me inspiram, trouxe-me imageticamente a cena mais pura de uma
infância transbordada de grandes prazeres, daquelas que não se vive mais, apenas
cobiçada de uma sacada, não do mesmo prédio, mas pelos mesmos olhos que
preservam o negrume e a essência do coração de menina grande que bate, no
embalo do balanço daquele garoto, na mesma intensidade que alcança o frenesi do
empurrador, seja pai, amigo, irmão, não importando quem, sem saber que estão
sendo observados por outro quem quer que seja, e daquele lugar, n’aquela
condição, daria um pouco mais que a volta no quarteirão para </span><span style="line-height: 18.4px;">tranquilizar</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">-se
das asperezas e da dureza da vida real, vivendo apenas como ele: no balanço
recôndito de uma algaroba como se fosse o regaço acolhedor de sua mãe. Esse
texto não pode continuar, ele precisa ser cristalizado com o mesmo gesto que o
olhar perdido divagou-se por quase hora cenográfica, reproduzida em alguns
instantes e abraçada a som da canção que invade este ambiente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="line-height: 18.4px;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/NFouZjRoce4" width="420"></iframe></span></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-42051390464333317122016-05-22T06:10:00.000-07:002016-05-22T06:10:09.523-07:00Protegendo-me de mim mesmo ou Quem dera fôssemos blindados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDXltmilhT_P6mY7juiLpOtIWVKoaZkM6q_1ZxZC5_3Sq7pHtkZ0idpwljAIQnMjjeVfrjAQibUG9sNuivAeR03CD1ELEaE_0uQZwOX7Ub0jqA_lGzpxNDDP0VHuMlpB9Qbnnmb60HSb4/s1600/consciencia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDXltmilhT_P6mY7juiLpOtIWVKoaZkM6q_1ZxZC5_3Sq7pHtkZ0idpwljAIQnMjjeVfrjAQibUG9sNuivAeR03CD1ELEaE_0uQZwOX7Ub0jqA_lGzpxNDDP0VHuMlpB9Qbnnmb60HSb4/s320/consciencia.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">, quando me dei a acreditar pelo ribombo da consciência
que a possibilidade de se desertar os sentimentos aflora em um plano de
equivalência entre nossa inteligência afetiva e as mazelas à que somos
acometidos dia-a-dia, ou chamemos de provações, olhei para dentro do oco do bambu e nem sequer pude ver
um filamento celular que fosse, antes de mais nada, um sinalizador de vida. Senti
medo. Um espasmo fracionado por um instante eterno ondulou vibrante o fio da
mais alta tensão existencial do meu ser; percebi então que estava falando de
mim e já havia iniciado aquilo que chamam de texto </span><span style="line-height: 18.4px;">alheio</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> porque não mais me </span><span style="line-height: 18.4px;">representa</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">, mas que na verdade é apenas
o eco da consciência respondendo a si própria, através de gritos mudos, silenciando o
desconforto pensante daquilo que não queremos que você entenda. Não se trata,
contudo, de subestimar vossas inteligências múltiplas ao cubo e melhores que a ostentada por mim, mas de defender-se das
verdades cortantes que negamos à nós mesmos. Por isso escrever é sempre um
risco, é o risco de desnudar-se, de dar-vos provas para serem usadas contra nós
em algum momento de nossa vida, é um risco porque ao abrir a cortina da janela
do quarto pode, à mercê do dia, entrar sol ou chuva. Assim são também nossas
sensações – inesperadas, inexplicáveis e até mesmo assustadoras. E podem fazer frio demais, ou calor demais, e esse texto
morre aqui, para que não seja eu, o próximo Pedro da história não bíblica
desses tempos perigosos em que não conhecemos nem a nós próprios. <o:p></o:p></span></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-77557074960346666152016-04-19T13:36:00.001-07:002016-04-19T13:36:45.867-07:00Eu vivo num tempo de guerra II<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É tão fácil ser
politizado quando não se tem de quem ou o quê discordar. Quando todos pensam
igual a você e ficam apenas complementando e adornando suas concordâncias... Quando
se tem um bom salário assegurado na conta bancária no final do mês... O
princípio da antítese é sempre o mesmo, e é bíblico:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="color: blue;">Perdoar os nossos
devedores como vos pedimos também perdão.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Amar os amigos não
constitui desafio, constitui virtude! Respeitar os correligionários é também
muito prazeroso e não lhe custa nada senão um ego amaciado. O que está em jogo
é a falta de respeito com os que pensam diferente. Parece que a única saída é a
agressão! A intriga! A intolerância! E nessa, a “consciência política” velada
pelo “cheiro dos livros desesperados” revela-se cada vez mais frágil e
inoperante. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Basta que o seu candidato agrida o meu para que ele passe a lhe
representar; basta que o meu agrida o seu para que me represente também e
ostentemos, juntos, nas redes sociais que não somos mais nós, mas o outro. E
assim, seguimos, conectados em um único canal de televisão – aquele que
transmita o que queremos ouvir – e nada mais nos interessa. Até nos dispomos a
acreditar que essa visão limitada se chama democracia porque ser contrariado é
golpe! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">ISSO CANSA!!!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nem Jean Willys, nem Jair
Bolsonaro, nenhum político me representa, não passei-lhes procuração para
manchar minha identidade cuspindo na cara de ninguém ou fazendo apologia a ditadura em rede nacional.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quero mais é permanecer
com o pensamento de Fernando Pessoa em 1917, revelando-se cada dia mais atual,
porque <span style="color: blue;">“a política é a degeneração gordurosa das organizações da incompetência.
Sufoco-me de ter tudo isso a minha volta.”</span><o:p></o:p></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-84390493550362522542016-03-16T16:24:00.001-07:002016-03-16T16:24:09.850-07:00Eu vivo num tempo de guerra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo4NKfFHl0oqUhdXj7W46YRTZtGFjmoWxquZjwN7WLucw3EueFD4ERZ_YjBq5h4r9JBv7jrwoWzdTrobGJjRy8ifUGrujATJGDJzkaLlYRSoJiWMadPSC9T11Dklp-e1egP7oNp8k8c60/s1600/saramago.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo4NKfFHl0oqUhdXj7W46YRTZtGFjmoWxquZjwN7WLucw3EueFD4ERZ_YjBq5h4r9JBv7jrwoWzdTrobGJjRy8ifUGrujATJGDJzkaLlYRSoJiWMadPSC9T11Dklp-e1egP7oNp8k8c60/s320/saramago.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sejam bem vindos a nova Idade Média, profetizada por Cazuza:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: blue;">Será que eu sou medieval?</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: blue;">Baby, eu me acho um cara tão atual</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: blue;">Na moda da nova idade média</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: blue;">Na mídia da novidade média</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muito tenho lido nas redes sociais pessoas que antes declaravam-se ocupadas demais para interagir em sites de relacionamentos, virando madrugada à postar asneiras partidárias. Infelizmente, voltamos a viver em um tempo de guerra onde a falta de respeito fere tanto quanto armas de fogo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A invasão ideológica, da qual frequentemente sou vítima, chegou a tal ponto que não é mais possível atenuar. Ou você fere ou será ferido! As opções são de meter medo! Estamos coagidos a formar uma sociedade de salsichas! </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YR5ApYxkU-U" width="420"></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Fala-se muito num golpe, mas esquecem-se das punhaladas, que em medida, também são uma espécie de golpe. Vamos parar de brincar de Tom e Jerry, esse filme está caduco e o final é sempre um:</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/XZQPGlVWTLA" width="420"></iframe></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-52267191032387534442016-01-11T17:18:00.000-08:002016-01-11T17:18:06.880-08:00... e mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defendo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJdUDN3FT-t2uUtv4kQIok5-StExFi-v-72LLeERefiW29WDiYMn6QBZx56K4ascPnMtD079ljEeKaAMxq-jULOAF411c9etx-PvgKwgKPEHqeUgzu3D5ZrAmJzbZ6scJE92HvjyX6Hnc/s1600/casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJdUDN3FT-t2uUtv4kQIok5-StExFi-v-72LLeERefiW29WDiYMn6QBZx56K4ascPnMtD079ljEeKaAMxq-jULOAF411c9etx-PvgKwgKPEHqeUgzu3D5ZrAmJzbZ6scJE92HvjyX6Hnc/s320/casal.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Eu sei que atrás desse universo de aparências,</div>
<div style="text-align: center;">
das diferenças todas</div>
<div style="text-align: center;">
A esperança toda é preservada</div>
<div style="text-align: center;">
Nas xícaras sujas de ontem</div>
<div style="text-align: center;">
O café de cada manhã é servido</div>
<div style="text-align: center;">
Mas existe uma palavra</div>
<div style="text-align: center;">
que eu não suporto ouvir,</div>
<div style="text-align: center;">
e dela não me conformo.</div>
<div style="text-align: center;">
Eu acredito em tudo, mas...</div>
<div style="text-align: center;">
Eu quero você agora</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo pelas tuas faltas</div>
<div style="text-align: center;">
Pelo teu corpo marcado</div>
<div style="text-align: center;">
Pelas tuas cicatrizes</div>
<div style="text-align: center;">
Pelas tuas loucuras todas</div>
<div style="text-align: center;">
Minha vida...</div>
<div style="text-align: center;">
Eu amo as tuas mãos,</div>
<div style="text-align: center;">
mesmo que por causa delas</div>
<div style="text-align: center;">
eu não saiba o que fazer das minhas.</div>
<div style="text-align: center;">
Amo teu jogo triste</div>
<div style="text-align: center;">
As tuas roupas sujas,</div>
<div style="text-align: center;">
é aqui em casa que eu lavo</div>
<div style="text-align: center;">
Eu amo a tua alegria</div>
<div style="text-align: center;">
Mesmo fora de si,</div>
<div style="text-align: center;">
eu te amo pela tua essência.</div>
<div style="text-align: center;">
Até pelo que você podia ter sido</div>
<div style="text-align: center;">
se a maré das circunstâncias</div>
<div style="text-align: center;">
não tivesse te banhado nas águas do equívoco.</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo nas horas infernais</div>
<div style="text-align: center;">
e na vida sem tempo</div>
<div style="text-align: center;">
quando sozinho bordo mais uma toalha de fim de semana</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo pelas crianças</div>
<div style="text-align: center;">
e futuras rugas</div>
<div style="text-align: center;">
Te amo pelas tuas ilusões perdidas</div>
<div style="text-align: center;">
e pelos teus sonhos inúteis</div>
<div style="text-align: center;">
Amo o teu sistema de vida e morte</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo pelo que se repete</div>
<div style="text-align: center;">
e que nunca é igual</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo pelas tuas entradas,</div>
<div style="text-align: center;">
saídas e bandeiras.</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo desde os teus pés </div>
<div style="text-align: center;">
até o que te escapa.</div>
<div style="text-align: center;">
Eu te amo de alma para alma</div>
<div style="text-align: center;">
E mais que as palavras</div>
<div style="text-align: center;">
ainda que seja através delas que eu me defendo</div>
<div style="text-align: center;">
quando digo que te amo mais que o silêncio </div>
<div style="text-align: center;">
dos momentos difíceis</div>
<div style="text-align: center;">
quando o próprio amor vacila.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Fernando Pessoa, poeta português.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-69824075947531420972016-01-09T16:28:00.000-08:002016-01-09T16:28:14.562-08:00E se fosse seu filho?<div style="text-align: justify;">
Eu estava completando 30 anos de idade, Vitor Pinto não pôde completar os 03. </div>
<div style="text-align: justify;">
O enredo se passa com uma família indígena da tribo dos Chapecós no litoral de Santa Catarina, onde a família de Vitor havia desembarcado para vender seus artesanatos na esperança de comprarem uma geladeira. O pai, estava trabalhando em uma praia e viu no noticiário que seu filho havia sido degolado brutalmente por um branco.</div>
<div style="text-align: justify;">
A mãe amamentava o pequeno à sombra de uma árvore quando viu se aproximar o rapaz que após acariciar seu filho, cortou-lhe o pescoço. Passou a noite na chuva, desamparada. Quando o pai chegou ao local do crime e identificou o chinelo e os brinquedos da criança espalhados no chão da rodoviária, teve certeza do havia visto no noticiário. A avó de Vitor, atordoada com a brutalidade esqueceu até quantos anos tem. A tribo, que vive dessa renda centralizada em artesanatos, teme sair na cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
De Vitor não sobrou nenhuma foto, "nem de celular", apenas a lembrança de uma criança que não pôde viver.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
SÓ QUE ISSO NÃO É NOVELA, ISSO NÃO É FICÇÃO. É A VIDA REAL!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É estarrecedor abrir o noticiário e ver histórias assim. Resistimos muito, ainda, em acreditar na força do mal e essa nossa resistência têm gerado cada vez mais peripécias com esses megalomaníacos da sociedade impune.</div>
<div style="text-align: justify;">
A versão da polícia descarta a possibilidade de um crime racista. Alega, o delegado, que o suspeito (detido) é apenas alcoólatra, usuário de drogas e pode estar envolvido em alguma seita satânica. Mas desconsidera o fato do jovem ter escolhido exatamente o indiozinho para matar depois tê-lo acariciado, e não ter pego o primeiro que encontrasse em seu caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meu Deus, que país é esse? Que justiça frouxa é essa? Parece que qualquer coisa aqui tem mais valor que uma vida! </div>
<div style="text-align: justify;">
Quem não lembra do índio Galdino incendiado enquanto dormia numa rodoviária em Brasília? Até quando nossos índios, legítimos herdeiros desta terra serão considerados hardcore da violência urbana?</div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto as Leis penais forem brandas e favorecerem esses bandidos, é bom nem pensar nisso. Mas a empatia, o que nos torna diferentes dessa classe de pessoas, nos faz questionar:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E SE FOSSE SEU FILHO?</div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-9843770678047588672015-11-24T13:46:00.002-08:002015-11-24T13:47:11.675-08:00Exumar cadáver fede, parte II OU "Quem me leva aos meus fantasmas?"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ-0ZxofmkT7OSHvMPDVVqNoZ_DiX7BRRmjBR8VNMOToCV398gk2btAGhmiztYnyrjMItesFn3mg_lBHT4y3HzhS5y7e5f0b3xOYlkxdiFcRw_ahYax3HAmJl-2D6tMDKPskSjIKNV278/s1600/hamlettt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ-0ZxofmkT7OSHvMPDVVqNoZ_DiX7BRRmjBR8VNMOToCV398gk2btAGhmiztYnyrjMItesFn3mg_lBHT4y3HzhS5y7e5f0b3xOYlkxdiFcRw_ahYax3HAmJl-2D6tMDKPskSjIKNV278/s320/hamlettt.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Hamlet de Laurence Oliver</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">,mas a inquietude
apoderava-se dos labirintos da mente daquele indefeso de si como enunciara alguém, refém e algoz de
sua própria perversidade de ontem, ele nem mesmo conseguia sossegar.
Talvez por nunca se arrepender do que faça, mas lamentar sempre o que deixou de
fazer, ele olhou para trás. Sabia que podia transformar-se numa estátua de sal,
mas preferiu correr o risco porque a Morpheu parecia-lhe elegante demais, e Orpheu sem Eurídice, já dizia o poeta, era algo incompreensível. Pedra rolada... Assim, portanto, arriscou driblar a covardia que há muito andava de braços com a
conveniência sacrossanta e o respeito ungido como se fosse uma flor para dois maridos. Ele então
levantou-se com esforço, escorregou uma ou duas vezes no tapete lamacento que em 2007 havia
sido ricocheteado por orquídeas brancas. Ele nem sabe se eram brancas, na verdade, mas preferiu imaginar que fossem. Transmutou os pensamentos na absurda
coragem que lhe alvoroçava o peito desnudo e arrepiado; apoderou-se de enxada. Queria esse poder, desejava mais que tudo e ninguém poderia impedí-lo. O cabo
roliço e liso revelavam uso e destreza para com as covas e alcovas. Não sua, é claro. Jamais
havia tentado algo parecido, mas de alguém que melhor lhe representasse em cada
procela que fazia seu barco redemoinhar sob as ondas salgadas das lágrimas
corridas em quase dez anos, menos cinco ensinaram-lhe os matemáticos a desfazer essa conta... Mas ao leme o Capitão estava sempre imponente, independente dos números, dos anos. Esperava avistar as locas
em alto MaR e ouvir o canto da sereia. O canto que diz a lenda, escraviza e
mata após seduzir, e ele seduzido tirou os olhos do cabo e mirou a base oxidada
pelas razões a qual renega e nega, nega e nega igual a Pedro. Num abrupto solavanco fez o primeiro corte na
terra. Que dor terrível transpassara-lhe. Não mais havia flores, mas seu chão tremeu. Havia apenas uma inscrição
em epitáfio que ele não conseguia ler; ou nem tentara. Tanto que lhe traduziram
aquilo, mas ele não sabia ser covarde e por isso nem ligava os fatos. Se ele não fizesse aquilo, ninguém mais faria por ele. Fez então mais
três cortes na terra, o mesmo representava três dias silenciosos e fúnebres em que
sua alma saudava a Princesa de Aiocá ao longe na esperança que ela descesse a
ribanceira e o resgatasse ou se </span><span style="line-height: 18.4px;">deixasse</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> resgatar. Quando ele avistou-lhe a cabeleira lembrou-se que há sempre uma
parte de nós que a terra não come, que o tempo não leva, e ele precisava identificá-la de algum modo, mesmo que não mais a reconhecesse. Puxou-a. Era tarde
demais! Suas mãos prendiam entre os dedos apenas os fios soltos, esmaecidos e
sem trato. Alguma coisa havia sido desligada para sempre mas ele não aceitava. Não conseguiu nem chorar! Tentou
retirar cada fragmento para que pudesse reconstituir o que um dia quebrou sem
querer, mas a fronte esquecida pareceu-lhe estranhamente desconhecida, imaginou
que algumas partes a terra e o tempo modificam, sim. Mas por que não o modificara
também? Desejou estar também soterrado, mas estava congelado desde a última vez que a obliquidade do seu olhar
alcançaram-na e sentiu-se diminuído por não ter sido compreendido por nenhum
poeta, nem mesmo por aqueles que pareciam-lhe tão honestos. Mas não, nem Chico, nem Tom, nem Geraldo... Nada
que eles cantavam simbolizava aquele instante. Era tudo tão inédito que a
sequidão alcançou-lhe a garganta. A aridez da terra, agora representava-se não
no solo calcinado, mas na ponte que ligava sua muda emissão vocal ao desconstruído coração que sozinho se reconheceu por uma calada e absurda justiça. Seu nome? Prometeu jamais esquecer, mas o sol não mais brilhava para si. Jurou em dor. Calou-se. Finou-se. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="line-height: 18.4px;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/4XJMoBq7fNQ" width="560"></iframe></span></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-71392306208071598832015-11-21T04:34:00.001-08:002015-11-21T04:34:23.663-08:00Exumar cadáver fede<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0kBzh6N6zCT1JBxBWLyKQJNS9UJbipWDu2PtNA-1rb2rDKIRlZpnE30_4-h4oNQNKirzGiWCG8SUR7jmJyR0dtmcKd_BeDrGrXWSN_qanSxRks0EeBschzFwfuytu4eeezaHhsEaLLUU/s1600/ophelia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0kBzh6N6zCT1JBxBWLyKQJNS9UJbipWDu2PtNA-1rb2rDKIRlZpnE30_4-h4oNQNKirzGiWCG8SUR7jmJyR0dtmcKd_BeDrGrXWSN_qanSxRks0EeBschzFwfuytu4eeezaHhsEaLLUU/s320/ophelia.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Ophelia - Everett Millais</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Exumar cadáver fede! Era
nisso pensava o Velho Viana no mesmo instante em que riscou seu último cigarro
acompanhado de uma dose de uísque vencido com três pedras de gelo. Não fosse
isso não teria percebido o tempo passando, porque ainda creditava um acréscimo de
fé naquele acordo feito em 2007. Então a tela mental do ortodoxo indivíduo
começou a matizar os tons desbotados das aulas ocasionadas por um propósito
único de reaproximação de corpos. Ele gostava de ser observado e mais ainda se
exibir frente àquela que sabia fazer versos e cartas delongadas denunciando a
imaturidade e ingenuidade adolescente do corpo em ebulição, mas tinha também consciência
de sua maldade e sentiu retroagindo ao primeiro plano em que se encontrava
agora, um espasmo de medo pela amarga e lenta vingança que os anos lhe
presenteara. A Princesa de Aiocá, agora, estava em seu palácio e parecia-lhe
que debaixo d’água e por cima da areia, turvo era, porém mais calmo; embora oblíquo
em sua visão parecesse um cataclisma equacionado na matemática errante e
convocado pelo tempo que lhe restara dedicado a respirar-lhe na presença
inexistente. Odofiaba! Ele também gostava de sofrer ao recordar tudo isso, mas
de algum modo alimentava sua alma boêmia e embevecida por rememorar a saudade
do que poderia ter sido. E tudo era confuso, sobretudo honesto, e isso o
tornava mais confuso ainda, porque vivendo num mundo de aparências quem se
cristaliza transparentemente corre o risco de quebrar-se e não mais, nunca mais
voltar a ver o MaR. Sonoro, profundo e secreto... Ele ainda acreditava no mar e
nos fazia crer que havia uma praia onde cada grão de areia pudesse representar
um pedaço bi partidarizado de toda eloquência frenética que acometia aqueles
instantes. Lembrou-se do bazar dos sonhos perdidos, aquele onde os relógios
rodam para trás e as escadas fogem dos pés... Mas quantos nomes, cores e
tamanhos assumira a Princesa quase dez anos depois? Parecia uma memória de
vidas passadas, mas era assim que sua consciência bailava sobre o ritmo das
águas negras e geladas daquele mar profundo que pedia-lhe: mergulha. Ele podia
apenas escolher não pensar nisso, mas a involuntariedade do seu desejo lhe
dominava mais e mais a cada tragada e cada gole seco do uísque diluído. Até que
o cigarro amargou, quando apercebeu-se da piúba miudinha entre os dedos
nicotinizados quase inertes, olhou pela janela que nem existia e viu que estava
preso numa masmorra do castelo da Princesa. Não sabia se debaixo da água ou por
cima da areia, já não sentia o pulmão e era... desesperador. Viu locas, pensou
nos perfumes, espelhos, flores e serenatas e todas aquelas lembranças agrediam
seu córtex pré frontal. Lembrou ainda que havia na geladeira uma taça com
morangos, foi recuperá-los mas estavam mofados. Correu a vista pelo lar e a
parede amarela se entrelaçava com a parede de pedra causando-lhe uma sensação
obtusa de paralelismo temporal e espacial. Ouviu ao longe uma voz que
profetizava o tempo semelhante a um rio que corre perenemente e teve mais medo
ainda. Teve medo de ver o corpo distendido e soterrado nos escaninhos da alma
embalsamada porque no fundo sabia que exumar cadáver fede.<o:p></o:p></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-45499909324960100622015-07-31T13:39:00.001-07:002015-07-31T13:39:18.661-07:00Da Coluna de Lisboa Batista<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6xI7gtI-OCXG0Iv5ourBHmG19F8R4oLgCtvM9YVjqIr6jBoTD8W_-ZmIfXoJ2maY10YV0CympN4seZuIpcbYcyJ0eAEESRwnYfWf1t9aZL5IjRFSy0iIcD8cwmqM9CVZBsRzG2B7-0fM/s1600/Lisboa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6xI7gtI-OCXG0Iv5ourBHmG19F8R4oLgCtvM9YVjqIr6jBoTD8W_-ZmIfXoJ2maY10YV0CympN4seZuIpcbYcyJ0eAEESRwnYfWf1t9aZL5IjRFSy0iIcD8cwmqM9CVZBsRzG2B7-0fM/s320/Lisboa.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Recebemos o carinho e a gentileza do colunista no jornal deste sábado. muito grato!</div>
<div style="text-align: center;">
Aproveito para registrar também meus agradecimentos ao locutor Nonato Oliveira pela ampla divulgação do meu trabalho e seu programa.</div>
<div style="text-align: center;">
Feliz demais!!!</div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-18232850178913713882015-07-28T03:28:00.000-07:002015-07-28T03:28:27.608-07:00Você gosta de sexo? Digo... Novela?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTvzm1qRJ3cb89iZ6l9ILOVC-breLY8QIK6EgbgH7Cb3kviVHnue4J3lU8k3eWWP8pVbp1vMDIe_c9hO4QgJRi5rqKzSfUhQ0wK0XldkPxgc5VvwrLpgPvpwGoglykJbnhLBfJ_hTq_ig/s1600/hector.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTvzm1qRJ3cb89iZ6l9ILOVC-breLY8QIK6EgbgH7Cb3kviVHnue4J3lU8k3eWWP8pVbp1vMDIe_c9hO4QgJRi5rqKzSfUhQ0wK0XldkPxgc5VvwrLpgPvpwGoglykJbnhLBfJ_hTq_ig/s320/hector.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando surgiu a
Televisão, nos anos 40, logo começaram a falar muito sobre seu poder de causar
dependência e sua facilidade em manipular a opinião da grande massa. Ainda nos
anos 60, estudos apontavam que a “chupeta eletrônica” era responsável por um
processo de alienação pensante; o que ainda hoje, há quem defenda. Entretanto,
não me recordo de nenhum eletrônico que, em nossa cultura, seja imune ao vício
de seus usuários. Se observarmos, hoje o comportamento megalomaníaco das
pessoas que dependem das redes sociais para sobreviver, rapidamente
perceberemos que isto nada mais é que o reflexo dessa dependência que já se
anunciava nos anos atrás.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas para não fugir da
Televisão, talvez um aparelho eletrônico um tanto ortodoxo se comparado aos
vícios modernos, vamos falar da programação. Estou assistindo pela enésima vez
a novela Roque Santeiro – em DVD, é claro, porque hoje não mais reprisam coisas
tão boas e, assistindo novamente, me vem em mente pautar a qualidade das novelas
de hoje. Para começar, e talvez não consigamos sair disso: se não tiver sexo
ninguém assiste. Na Rede Globo, evidentemente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vocês já se perguntaram
por que os dramalhões mexicanos não exploram o corpo e a sensualidade em seus
folhetins, ou simplesmente preferem não assistir porque cansa? Não há outra
maneira de fazer TV, hoje, senão pelas amarras do Ibope. Tudo gira em torno da
audiência e isso, de algum modo, compromete a criação do autor; afinal, ele
precisa manufaturar na esteira rolante. Mas por que no México é tão diferente?
Lá as pessoas não gostam de sexo?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nelson Rodrigues ao nos
escolarizar em mostrar sempre “a vida como ela é”, nos deixa também à margem de
um perigo lanceado entre as verdades e o pudor. E a verdade da programação da
TV brasileira, sobretudo das novelas é que não pudor. Se ela não vulgarizar,
digo, modernizar, “sexualizar”, perderá audiência para a “net”. E se fugir essa
regra, a novela torna-se até incompreensível para parte do público, foi isso o
que mais assustou Silvio de Abreu ao receber o <i>feedback</i> de “As filhas da mãe”: não ser compreendido.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pensando para este
último parágrafo em como os telespectadores aprendem rápido as lições (bordões)
das novelas, me pego também pensando se esse comportamento manufatureiro (para
a emissora, é claro) já está sendo reproduzido vida afora... Será que eu “não
sei” porque só assisto Televisão? Ou ainda porque encontro tempo para namorar,
estudar e sentar pelas calçadas? O probleminha (bem inha) da Televisão HOJE,
não é diferente do inha da Música. As pessoas buscam em seus cinco minutos de
glória o sucesso. Apenas! Se a novela der audiência ou a música tocar no rádio,
o que interessa se é de boa qualidade? O sucesso justifica qualquer porcaria e
ninguém precisa de uma lógica para produzir o que já tem receita pronta.
Somente percebam isso antes de saírem por aí reproduzindo discursos ocos de que
novela mexicana é tudo uma coisa só.</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-5537103280042695492015-07-17T08:56:00.000-07:002015-07-17T08:56:07.000-07:00Minha pátria é minha língua<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU2phx5Dgjwfvc8mZCAbzmx-UuNG_MgvVMLC2o_JPOXeuUsWoycfnjNEzk0jvBrXtJkR9pJMy3TMQYzYq7DhLXLl0eqiMN8Edq4_B0STl5gSARP3rAuRDtYlcsMufagI73M4nSzu-z0p8/s1600/brasil-eua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU2phx5Dgjwfvc8mZCAbzmx-UuNG_MgvVMLC2o_JPOXeuUsWoycfnjNEzk0jvBrXtJkR9pJMy3TMQYzYq7DhLXLl0eqiMN8Edq4_B0STl5gSARP3rAuRDtYlcsMufagI73M4nSzu-z0p8/s320/brasil-eua.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na Língua Portuguesa o emprego das letras e sinais não é uma tarefa fácil, uma vez que um mesmo som pode pode ser representado por mais de uma letra, do mesmo modo que uma letra pode representar mais de um som. Além disso, o nosso alfabeto não consegue representar todo o sistema sonoro do idioma, de modo que se fazem existir palavras cuja pronúncia se desarmoniza com a escrita. É o caso de "mesa" onde o S tem som de Z, "examinador" onde o X tem som também de Z, entre inúmeros casos que preencheram as nossas cartilhas do ABC primário (rr, ch, sh,...).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem opta pelo Curso de Letras não consegue fugir desse universo e cedo ou tarde acaba literalmente tomando uma sopa de letrinhas, ainda que se enverede pelo universo da Literatura - mundo ao qual pertenço, é inexorável o cultivo da escrita. Eu, particularmente, optei por um idioma estrangeiro (Língua Inglesa), o que me custou muito suor e nenhuma lágrima nos quatro anos da graduação, porque diferente da meninada de hoje, eu não "nasci sabendo", sou de uma época em que passávamos os quatro anos de ginásio estudando o verbo ToBe sem o google. E nessa realidade, padecemos eu e um bom bocado de gente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Contudo, o apresso pela língua alvo nunca fez com que eu desmerecesse minha língua materna. E devo lhes dizer que incrivelmente a maioria dos estudantes e professores de LE cometem esse pecado. Eu não sei em que eles se pautam, mas o fato é que alimentam um excesso de vaidade pela poliglotia, muitas vezes brutalmente desenvolvida, e terminam negligenciando intencionalmente a língua pátria. De muitos casos, lembro agora de uma estudante no segundo período de Letras que certa vez disse não ter conseguido pegar um táxi porque não lembrava como faria em Português. Acreditem, existem casos assim e outros ainda bem piores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E por falar em bem piores, fui sinalizado por uma amiga de curso a ver como alguns professores (em especial de língua inglesa) conduzem o Português nas redes sociais. É assustador! É assustador porque mesmo estando em um espaço de escrita vulnerável (a net, para ser chique), foram essas pessoas que nos catequizaram, que nos reprovaram, que até nos humilharam. E por isso me pego pensando se vale a pena arrotar tanto estrangeirismo quando não se sabe ao certo nem o português... Ainda bem que hoje dispomos de mecanismos de auto correção ou da cafona desculpa: foi erro de digitação.</span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-45680844851400057482015-07-16T06:12:00.001-07:002015-07-16T06:17:40.131-07:00Hercule Poirot e o método da inteligência despreziva <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEJi7Pd3jyGeJrdr8Al9mvsSbbXDEq_2vy3afYxbjt3L0OJA3d1BtDOhj3hMC6s74kImfr1uEPbjHKkEBxU6wahXnX5q-YVLUTPLR6EjJ4WOr23YbsjoHw3LOLnX6VorRP47RHUt-lw_w/s1600/art08-obituario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEJi7Pd3jyGeJrdr8Al9mvsSbbXDEq_2vy3afYxbjt3L0OJA3d1BtDOhj3hMC6s74kImfr1uEPbjHKkEBxU6wahXnX5q-YVLUTPLR6EjJ4WOr23YbsjoHw3LOLnX6VorRP47RHUt-lw_w/s320/art08-obituario.jpg" width="258" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hercule Poirot foi a única personagem da Literatura que teve o obituário na primeira página do <i>The New York Times </i>- o jornal que todo o mundo conhece. Não sei se vivo eu, a procura de razões, para que a Academia aceite Agatha Christie no cânone poético, mas contra fatos não há argumentos: Ela é a autora mais publicada de todos os tempos, com exceção de Shekespeare e da Bíblia. Nenhum outro escritor, não que me recorde nesse momento, escreveu 68 romances (dois deles em pseudônimos), 163 contos, 19 peças de teatro, muitos poemas e dois autobiográficos, e todos bons.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aclamada no mundo inteiro, seus personagens têm uma espécie de vida própria que se alternam nos romances policiais. Poirot, por exemplo, aparece em quase todos como aquele excêntrico detetive que, diferente de Sherlock Holmes, despreza os métodos da polícia e desvenda os crimes através de sua magnífica inteligência. Após desvendá-los, revela-os sempre de maneira magistral: reunindo todos os suspeitos e as pistas que nos são dadas no decorrer da narrativa para mostrar nos últimos minutos, da forma mais contundente possível, que o assassino é (...).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um método repetitivo, mas condizente com a personalidade da personagem que não é apenas de um livro só. Esta coerência me basta para que o considere Literatura. Poirot saiu de cena em um romance "<i>Cai o pano</i>" que Agatha Christie deixou para ser publicado após a sua morte, morrendo, também, desse modo o pequeno grande detetive que não conseguiu viver apenas em sua mente brilhante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Cai o pano</i> reúne Hercule Poirot, já aposentado, com seu amigo, o capitão Arthur Hastings na Mansão Styles, onde haviam se encontrado a primeira vez. A antiga mansão é agora um Hotel onde encontra-se hospedado um misterioso assassino. Um serial Killers, autor de cinco crimes sem relação aparente. Poirot então prevê o sexto assassinato e na espreita pela ocorrência descobre o autor dos crimes. Quem foi a sexta vítima? Leiam (risos).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-42162133625609827192015-07-14T14:51:00.005-07:002015-07-14T14:56:12.485-07:00A mulher do vaso de alabastro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpbuceKwDo3Ee_BknB5FIDYrzZ7XBqIU_eI5S1bGXr8pLPw4tdz6IVbf0ZQZwj_xuzSNF_K5bKCQMGxG1aJD0zBq5G3PeOWgirj0R6Hs3mDsVWzzajw4DKIEtv8t8OBKgyEe6cdD-QvM/s1600/Madalena.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizpbuceKwDo3Ee_BknB5FIDYrzZ7XBqIU_eI5S1bGXr8pLPw4tdz6IVbf0ZQZwj_xuzSNF_K5bKCQMGxG1aJD0zBq5G3PeOWgirj0R6Hs3mDsVWzzajw4DKIEtv8t8OBKgyEe6cdD-QvM/s1600/Madalena.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No próximo 22 de julho,
a tradição cristã celebra Santa Maria Madalena. Desde pequeno, rememorando aqui
os tempos de catecismo católico, internalizei o estigma da prostituta que até
hoje circunda seu nome. Por aqui, virou até ditado popular chorar de arrependimento
igual a uma Madalena, pois a esta se designa através das Sagradas Escrituras, a
pecadora que fora perdoada por Jesus de Nazaré. Embora os Evangelhos canônicos
não deixem clara sua verdadeira identidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Margaret Starbird em <i>Maria Madalena e o Santo Graal – a mulher do
vaso de alabastro</i> nos oferece outra versão sobre sua história. Versão esta
que inspirou Dan Brown em <i>O Código da
Vinci</i>. Ambos não recomendados para cristãos dogmáticos. A versão se passa
sobre a possibilidade, mas contundente, de que esta Maria Madalena,
irmã de Lázaro de Betânia, havia se casado com Jesus de Nazaré e gerado um
filho seu, ou melhor, uma filha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A heresia disseminada
em todo o ocidente fora sufocada pela ortodoxia católica que negou por toda a
História essa possibilidade. A autora, seguindo a guisa de outros estudiosos
precursores do assunto, rememora passagens bíblicas para mostrar onde está nas
entrelinhas dos evangelistas a cultura matrimonial entre Jesus e Madalena,
àquela que o ungiu com perfume.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas qual a verdadeira
identidade desta mulher tão confundida com outras? Por que pairou sobre si o
estigma da prostituição se foi casada com o rabino messiânico, autentico
representante de Davi e legitimado na Terra como o cordeiro de Deus? Os
evangelhos de Marcos e Lucas apontam que Madalena foi curada de sete demônios
possessos, mas em passagem alguma dizem ser ela uma prostituta. Até caberia
adentrar no campo antropológico da História Antiga para explicar melhor o termo
<i>prostituta</i>, casualmente utilizado
para nomear as samaritanas que ungiam os senhores nos templos, mas não sendo
minha área, deixo a julgo dos entendimentos outrem, pois estudos de Starbird
apontam nas Artes e na cultura antiga uma gama de evidências sobre sua
verdadeira representação feminina de Maria Madalena no tempo de Jesus. É um
livro não recomendado para quem lê apenas com os olhos da fé, pois as
revelações comprometeram até o catolicismo da própria autora.<o:p></o:p></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-84003814812517268132015-07-13T00:40:00.002-07:002015-07-13T00:40:53.573-07:00Carinho não tem preçoBia Bernardi está no Egito fazendo a turnê do Prof. Alcântara Machado e levou consigo um exemplar de "Além do brilho da estrela" para ser lido nas terras onde foi concebido. Fiquei muito feliz em receber essas imagens, porque carinho não tem preço.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik7RmYfqiPjKkDHt2Kuu0pnanHJOhJmSwaYW8yOH2K_Xe3JzkrORvc5L1lf-rw_EY0I5NFPrmh6ACNoiOeqg43m9SefucwfC0EKc9GMbH221vrN9oq-hcQn4lE6EDwqfhkP6MVVpSacQE/s1600/Bia_Egito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEik7RmYfqiPjKkDHt2Kuu0pnanHJOhJmSwaYW8yOH2K_Xe3JzkrORvc5L1lf-rw_EY0I5NFPrmh6ACNoiOeqg43m9SefucwfC0EKc9GMbH221vrN9oq-hcQn4lE6EDwqfhkP6MVVpSacQE/s320/Bia_Egito.jpg" width="192" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglDYAcCRiwMz9LRZMIKCPtLglVAO_64ka5V77P0xexsmdoaeiAlYQP8f84yNXm9l3PAM39LMl6ECJo35P6Up_g9dxhb44yX8auGbw0vnDsoQ-6mXM2KRV1cryFzF0c8xns9ArCJLY41gg/s1600/Bia_Egito1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglDYAcCRiwMz9LRZMIKCPtLglVAO_64ka5V77P0xexsmdoaeiAlYQP8f84yNXm9l3PAM39LMl6ECJo35P6Up_g9dxhb44yX8auGbw0vnDsoQ-6mXM2KRV1cryFzF0c8xns9ArCJLY41gg/s320/Bia_Egito1.jpg" width="192" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhz4Iw3zhyNu_JY8XJsZNtXpCiTodUQhmZ9Cn3S2_jGwD04JGbF8hiFqukzy84Dhp3lBXc1tXYB6te6-EI-8ofOwomTn73EL47BjniXOzIcy6jDXUbIfkxHMH5XZKHP4NnSvIOG58BaQA/s1600/Bia_Egito2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhz4Iw3zhyNu_JY8XJsZNtXpCiTodUQhmZ9Cn3S2_jGwD04JGbF8hiFqukzy84Dhp3lBXc1tXYB6te6-EI-8ofOwomTn73EL47BjniXOzIcy6jDXUbIfkxHMH5XZKHP4NnSvIOG58BaQA/s320/Bia_Egito2.jpg" width="192" /></a></div>
<br />Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-83552363706444686952015-07-12T05:35:00.001-07:002015-07-12T05:35:16.364-07:00Adiposidades literárias<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Acho que nunca vou
esquecer uma reunião chata, que participei um tempo atrás, em que tirei do
palestrante minha atenção para depositá-la única, e exclusivamente, em um
exemplar velhinho de </span></span><i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Morte e vida
Severina</i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> de João Cabral de Melo Neto. Até hoje, não sei dizer ao certo se o
aceito como poema, embora aceite </span></span><i style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os
Lusíadas</i><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Ora, falo aqui da minha predisposição tendenciosa à prosa que
vergonhosamente marginaliza um pouco as rimas; mas devo confessar Seu João, que
sufocando meu fôlego, ative de uma sentada só meu pomposo encantamento pelo
livro. O que nem sempre me causam os </span><span style="line-height: 18.3999996185303px;">cordéis</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">. Sendo que mais tarde entraria em meu primeiro romance. Registro o fato, porque
com frequência vejo muita gente acreditar que quatorze linhas divididas
em dois grupos de quatro e dois de três, com o mesmo número de sílabas rimadas,
pode ser um soneto tetrarca. E parece que é!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Devo dizer-lhes, entretanto,
que a Literatura não dispõe de fórmulas matemáticas. Vejam o conto, por
exemplo. As tentativas em defini-lo partindo de uma única forma são fadadas ao
fracasso; sua natureza não dispõe de um mecanismo encaixotado como o soneto.
Mecanismo este, que nem sempre é bem vindo na poesia. O próprio João Cabral,
para continuar sob a égide dos grandes, disse em 1994 em entrevista a José Geraldo
Couto que não se deve poetizar o poema. Isso tiraria sua beleza natural, como
quem ousa perfumar uma rosa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E essa tentativa muitas
vezes forçosa de encontrar o “verso certo” acaba provocando no texto um excesso
de palavras que só servem para enfeitá-lo, e o desejo do autor/poeta, ou
chamado <i>eu lírico</i>, passa por longe porque a palavra não o atingiu com
plenitude. Esse pecado não é de exclusividade dos poetas. Quantas vezes na
tentativa de embelezar o romance, não encontramos descrições prolixas e
desnecessárias. Lembro agora da minha primeira novela, quando em um dos
capítulos descrevi a pedra do colar da cigana Walquiria “azul marinho da cor do
mar”, evidentemente isso foi corrigido, mas não me retrato apenas a redundância
gramatical, mas às adiposidades literárias que vivem por ai entupindo as veias
artísticas, causando infartos, alguns fulminantes em escritores de um verso só.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Lembremos, portanto,
todos nós que nos abastecemos da escrita para respirar, que nem sempre a
sobrecarga das palavras soma. É mais fácil, entre dois adjetivos, um desprezar
o outro, porque sempre haverá algo como a “rosa” que não precisa de perfume
porque já é por si poética que se difere de “água mole em pedra dura tanto bate
até que fura”. E a frente dessa lição, haverá sempre nomes como Graciliano
Ramos ou Augusto dos Anjos mostrando que não descobrimos nada sobre economia linguística e estamos aqui
para aprender com os melhores.<o:p></o:p></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-10076544622118194012015-04-08T05:26:00.002-07:002015-04-08T05:26:45.246-07:00Pois o segundo sol chegou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPLWJMk3390XFabmVhECr5DfqQQWKnkpEOF6hLgFl32m7wSEXhQAmYekOhSchYqzrWzxmugEMZeF8GlVfVqv9ihMnCXCMNwqMSp96P5TA_NH-857sXCpd7qBDpxUOsoKZSUlwp3FDnFuI/s1600/segundosol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPLWJMk3390XFabmVhECr5DfqQQWKnkpEOF6hLgFl32m7wSEXhQAmYekOhSchYqzrWzxmugEMZeF8GlVfVqv9ihMnCXCMNwqMSp96P5TA_NH-857sXCpd7qBDpxUOsoKZSUlwp3FDnFuI/s1600/segundosol.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Não é que o segundo sol de Cássia Eller chegou! A imagem feita ha poucos minutos revela a aparição luminosa que causou alvoroço na vizinhança hoje pela manhã. Visto de uma das torres da Igreja Matriz, o círculo de luz percorreu o contorno do teto conforme a órbita solar, podendo ser observado de vários ângulos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para todos os efeitos, o pessoal aqui prefere acreditar que a luz "aparece" e "desaparece" como um incêndio anunciado no Apocalipse de São João.</div>
<br />
<br />Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-90012995141138772022015-02-05T14:42:00.001-08:002015-02-05T14:42:12.948-08:00Lançamento de "Além do brilho da estrela": noite de autógrafos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-u3ZWDccEiu0m8WftJH1uvBlt56LYSRKD12Y3ol7je0a2GVgjCR7F29DJkriEyOCOw3MBWxUIg9bN1OGW-j0C2TVUUEHu_NcJAlTa6eIZER60vcmXW5rk3tlOEEDxnVc_GU9Kn-MdDF8/s1600/DSC01931.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-u3ZWDccEiu0m8WftJH1uvBlt56LYSRKD12Y3ol7je0a2GVgjCR7F29DJkriEyOCOw3MBWxUIg9bN1OGW-j0C2TVUUEHu_NcJAlTa6eIZER60vcmXW5rk3tlOEEDxnVc_GU9Kn-MdDF8/s1600/DSC01931.JPG" height="213" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando
é para dar certo, até quem quer atrapalhar ajuda! Driblado o deslocamento do
espaço físico nas quartas de final, lançamos <i>Além do brilho da estrela</i> com pessoas muito queridas, e mais uma
vez quero tornar público os meus agradecimentos a todos que enfrentaram a chuva,
providencialmente em boa hora, e foram me prestigiar. De um modo muito
particular, agradeço as mãos que estiveram por trás desse instante, mãos que
trabalharam voluntariamente pelo simples prazer de me fazer feliz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Agradecer
e abraçar a imprensa por todo apoio de divulgação: Rádio DumboFM, Jornal Gazeta
do Oeste, Jornal O Mossoroense, aos que partilharam, curtiram e comentaram as
postagens e promoção veiculadas via facebook e redes sociais como forma de
divulgação mais direta. Ao Departamento de Letras da UERN/CAMEAM pelo convite e
espaço. Amigos, alunos e mestres pelo prestígio dado a este aprendiz de
escritor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSVV77hCdvQ7HdSfZ_GOxibCg1NMju6AK5MOvLmI_QcxIzZnvl2QfFV5x7a_L6ONcmm3NbFtIMXDfugdzC3vxXeb2j2unAsMkWqGFPnSHIrnMWi1WyOSWjB44uh54b04Q-1Ex19fy-YCw/s1600/10984064_801395106610036_6627990468831894391_n+(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSVV77hCdvQ7HdSfZ_GOxibCg1NMju6AK5MOvLmI_QcxIzZnvl2QfFV5x7a_L6ONcmm3NbFtIMXDfugdzC3vxXeb2j2unAsMkWqGFPnSHIrnMWi1WyOSWjB44uh54b04Q-1Ex19fy-YCw/s1600/10984064_801395106610036_6627990468831894391_n+(1).jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -0.05pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
todos que vieram de outras cidades: Portalegre, Tenente Ananias, Pereiro,
Marcelino Vieira, Doutor Severiano, São Miguel, São Francisco do Oeste, Apodi e
alguma outra que me foge a lembrança nesse momento, quero deixar minhas
saudações literárias e dizer que a magia da presença de vocês está, com
certeza, além do brilho da estrela. Que a leitura desse novo trabalho traga
para cada um de vocês bons momentos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -0.05pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Registros
da noite de lançamento: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-right: -.05pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSXYfMoredGynvx5G0QsKuUXuUH6ta8HSNjF6_EY3Na6i6IFk_nadDESDuYoxFDTscP5-Jxi99rmzqEOQr0FYutfaZ7xLqlAHqHUkfeRHUHYBTQ3Nb59hS0Kme2sj0YhoUFwZIsdhq7Kg/s1600/1011765_801395676609979_195220355763660974_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSXYfMoredGynvx5G0QsKuUXuUH6ta8HSNjF6_EY3Na6i6IFk_nadDESDuYoxFDTscP5-Jxi99rmzqEOQr0FYutfaZ7xLqlAHqHUkfeRHUHYBTQ3Nb59hS0Kme2sj0YhoUFwZIsdhq7Kg/s1600/1011765_801395676609979_195220355763660974_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWDdi_r5704_cu9H1O8TQhpcV7mgzLOhpZJlCLp9-TNs9FMzBeqPdkChO3rHukIAgpDsKQmu2McbtU4CyF6sM2rXldtcIwLPrfMP8k_kI94Db2H47hAJjGXKykXdfYqwM9nWkPSjF6TCE/s1600/10408500_801395753276638_2186156876687441844_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWDdi_r5704_cu9H1O8TQhpcV7mgzLOhpZJlCLp9-TNs9FMzBeqPdkChO3rHukIAgpDsKQmu2McbtU4CyF6sM2rXldtcIwLPrfMP8k_kI94Db2H47hAJjGXKykXdfYqwM9nWkPSjF6TCE/s1600/10408500_801395753276638_2186156876687441844_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIlj1njLsnH10GH0jwi_-3kt9Bwko2Iixh90dJFBNjMTbmMjQ7x0O0m_K9WF-3vu8ID4YTyGkZkco_j-vp5ZXcUzfBl-WqfuQhDOtcQIaon4NEicg-_B0diDeCd8nPKu-RHYIH47cgFHw/s1600/10933707_802099166539630_5536457464249748668_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIlj1njLsnH10GH0jwi_-3kt9Bwko2Iixh90dJFBNjMTbmMjQ7x0O0m_K9WF-3vu8ID4YTyGkZkco_j-vp5ZXcUzfBl-WqfuQhDOtcQIaon4NEicg-_B0diDeCd8nPKu-RHYIH47cgFHw/s1600/10933707_802099166539630_5536457464249748668_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFJAq5BNYX6zQDwDZZXZ4AOsnFdAuIWvVoMmW3PlzWJgeAljRWNNiq9o3fe64xaBjK98Jc6kx3iKiVedHx8RrPPDJ5V-9f8yJ1_Rb8gXdCtMM5dz37uHgnG3TikJCJ0OXoAgf6ozBS6xI/s1600/10959596_801396649943215_3442685548131298520_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFJAq5BNYX6zQDwDZZXZ4AOsnFdAuIWvVoMmW3PlzWJgeAljRWNNiq9o3fe64xaBjK98Jc6kx3iKiVedHx8RrPPDJ5V-9f8yJ1_Rb8gXdCtMM5dz37uHgnG3TikJCJ0OXoAgf6ozBS6xI/s1600/10959596_801396649943215_3442685548131298520_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqoM4kpQ-drIINEdQ-S14dXTLrvuCNz5LBamc1aQ5EUZdcWrLr5OkCeyZAGAFCZsw47q91x5VeSIzAkgTL4njNME7TSHbfbuJgD3GqBXgcJ55K-4QlWNIMmJGUkaaGW03AWkajR6oJSsk/s1600/10978556_801399119942968_621938515668556540_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqoM4kpQ-drIINEdQ-S14dXTLrvuCNz5LBamc1aQ5EUZdcWrLr5OkCeyZAGAFCZsw47q91x5VeSIzAkgTL4njNME7TSHbfbuJgD3GqBXgcJ55K-4QlWNIMmJGUkaaGW03AWkajR6oJSsk/s1600/10978556_801399119942968_621938515668556540_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK4PEcIPShf6TtS-2mrx5ZR3U8YPpLeYi-x8UhVdn1O52pgj7FqDXvP66M2Kvex2mCdhG26RDgJyCbR33oPCKro4xR6ZSLYegtq2e1_gt5SdedPuAixoNsR7bT1erSyZqGwJuMAtL_Y1g/s1600/DSC01879.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK4PEcIPShf6TtS-2mrx5ZR3U8YPpLeYi-x8UhVdn1O52pgj7FqDXvP66M2Kvex2mCdhG26RDgJyCbR33oPCKro4xR6ZSLYegtq2e1_gt5SdedPuAixoNsR7bT1erSyZqGwJuMAtL_Y1g/s1600/DSC01879.JPG" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT9u__DQdYGX7qf1_biPRIuOrNCspt5L9-z2Zc_fWxEnu3eFj8orah0kojvyPsorNhLqDVugf6oS4jowZWqayX4rxh0cNpnRAQGNglDkDTvcj3msBSEU3W0KeYDMgAhEBMiKq5Ud6mGUc/s1600/DSC01883.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjT9u__DQdYGX7qf1_biPRIuOrNCspt5L9-z2Zc_fWxEnu3eFj8orah0kojvyPsorNhLqDVugf6oS4jowZWqayX4rxh0cNpnRAQGNglDkDTvcj3msBSEU3W0KeYDMgAhEBMiKq5Ud6mGUc/s1600/DSC01883.JPG" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_G7hXDofwnCeITDcbDR-TV5MbMWcEDYSraIUPw3Tv0ItfJDrKrWEGu4v6nQfOJ8FZ1N9M7EdADUc1nrxgdLjmMzrioIgHH4og4xBaZ_Cs8H01DwW6iU4ZP3DWUQNIyboDNw2EiHLceho/s1600/DSC01935.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_G7hXDofwnCeITDcbDR-TV5MbMWcEDYSraIUPw3Tv0ItfJDrKrWEGu4v6nQfOJ8FZ1N9M7EdADUc1nrxgdLjmMzrioIgHH4og4xBaZ_Cs8H01DwW6iU4ZP3DWUQNIyboDNw2EiHLceho/s1600/DSC01935.JPG" height="213" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVeyILPYls_yaRhiOjMkq6E4Ayea41-GKBI9JOgJXoxVxpyas2usq9HHfCoI4xoxJWc0cdB2zN8L-bO2fbc6hjujjLtaZdwruv75Dfa8g6D9DGoAlNDbhO7fY6a1hDPh2YjLiZPdYbkXY/s1600/DSC01978.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVeyILPYls_yaRhiOjMkq6E4Ayea41-GKBI9JOgJXoxVxpyas2usq9HHfCoI4xoxJWc0cdB2zN8L-bO2fbc6hjujjLtaZdwruv75Dfa8g6D9DGoAlNDbhO7fY6a1hDPh2YjLiZPdYbkXY/s1600/DSC01978.JPG" height="320" width="213" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7108318115283024607.post-61475982710207269942015-02-03T05:35:00.000-08:002015-02-03T05:35:24.230-08:00Do jornal O mossoroense <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwa9hP5sUKpHhH0LVDmiVixdL1dbv5Vyl-S-oUPRnDLmh7caXwD_RG8Oq1Gf7aLosCjQl4H8mn-tayLlgCXKwMpg8kBKXBR6e0uFVEAu8hPEGvkp1n5pFNDNVL_BMWQwB4OU4nWB_LX9Y/s1600/jornal_mossorense.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwa9hP5sUKpHhH0LVDmiVixdL1dbv5Vyl-S-oUPRnDLmh7caXwD_RG8Oq1Gf7aLosCjQl4H8mn-tayLlgCXKwMpg8kBKXBR6e0uFVEAu8hPEGvkp1n5pFNDNVL_BMWQwB4OU4nWB_LX9Y/s1600/jornal_mossorense.jpg" height="247" width="320" /></a></div>
<br />Fernando Júniorhttp://www.blogger.com/profile/17415910700642144766noreply@blogger.com0