Hercule Poirot foi a única personagem da Literatura que teve o obituário na primeira página do The New York Times - o jornal que todo o mundo conhece. Não sei se vivo eu, a procura de razões, para que a Academia aceite Agatha Christie no cânone poético, mas contra fatos não há argumentos: Ela é a autora mais publicada de todos os tempos, com exceção de Shekespeare e da Bíblia. Nenhum outro escritor, não que me recorde nesse momento, escreveu 68 romances (dois deles em pseudônimos), 163 contos, 19 peças de teatro, muitos poemas e dois autobiográficos, e todos bons.
Aclamada no mundo inteiro, seus personagens têm uma espécie de vida própria que se alternam nos romances policiais. Poirot, por exemplo, aparece em quase todos como aquele excêntrico detetive que, diferente de Sherlock Holmes, despreza os métodos da polícia e desvenda os crimes através de sua magnífica inteligência. Após desvendá-los, revela-os sempre de maneira magistral: reunindo todos os suspeitos e as pistas que nos são dadas no decorrer da narrativa para mostrar nos últimos minutos, da forma mais contundente possível, que o assassino é (...).
Um método repetitivo, mas condizente com a personalidade da personagem que não é apenas de um livro só. Esta coerência me basta para que o considere Literatura. Poirot saiu de cena em um romance "Cai o pano" que Agatha Christie deixou para ser publicado após a sua morte, morrendo, também, desse modo o pequeno grande detetive que não conseguiu viver apenas em sua mente brilhante.
Cai o pano reúne Hercule Poirot, já aposentado, com seu amigo, o capitão Arthur Hastings na Mansão Styles, onde haviam se encontrado a primeira vez. A antiga mansão é agora um Hotel onde encontra-se hospedado um misterioso assassino. Um serial Killers, autor de cinco crimes sem relação aparente. Poirot então prevê o sexto assassinato e na espreita pela ocorrência descobre o autor dos crimes. Quem foi a sexta vítima? Leiam (risos).
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