Vez em quando me pego perguntando coisas de mim! Coisas que o espelho não responde. Mas quando olho para o chão e me vejo em pé nesse solo terroso que habito, sei que existem perguntas que não precisam de respostas imediatas e começo a entender que vou seguir sempre nessa complexidade que é viver. Arriscando novos passos na certeza de que o céu é tão alto e infinito que eu terei sempre um novo chão para conquistar, um novo horizonte a contemplar e uma nova verdade à buscar, entendendo que o futuro sou eu! Tento me preocupar com minha existência, pois acho ela é o centro do meu universo e isso não é fazer caricatura de mim mesmo, mas conscientizar-me de que somente eu sou capaz de tocar meus fracassos e minhas vitórias, tendo jurisdição de mim mesmo sem aliviar minhas culpas, medos e ressentimentos nos outros. A perfeição é algo tão sublime que nesse plano em que nos encontramos somente Jesus cristo a alcançou, mas sua história se perpetuou para que miremo-nos em seu exemplo e ao menos tentemos ter uma vida linear em bons atos, a espiritualidade existe para isso, para lapidar tudo que de bruto nos habita, para buscar inteligência, serenidade e sabedoria para entender que os “meros devaneios tolos à nos torturar”, “quando muito é estrume para o futuro”. Falar de nós mesmos é um pouco difícil porque somos falhos... Mas é preciso a cada dia envelhecer um pouco e renascer em experiência, tentando sublimar o que for possível para viver amigavelmente com aqueles que partilham conosco nossos dias e sermos ao menos uma pessoa simpática com aqueles que de alguma forma não esboçam nenhuma significação em nossas vidas. É preciso saber viver diz a canção... E viver não é brincadeira não.
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