Aos meus amigos...

Hoje fui surpreendido logo cedo por uma mensagem que me fez refletir, ela dizia:
Certa criança havia prendido sua mão dentro de um vaso e por mais que os pais tentassem não conseguiam tirar a mãozinha da pequena criança.
O pai já estava para quebrar aquela peça, quando pediu ao filho para que ele
abrisse sua mãozinha, pois assim seria muito mais fácil para tirá-la.
A criança respondeu: “Pai, se eu abrir a mão ficarei sem minha moedinha”.
O pai então enfiou a mão no bolso e tirou várias moedas de maior valor e disse:
“Filho solte essa moedinha, o papai tem muitas outras e de maior valor para você."
Analisando a data comemorativa de hoje – dia do amigo. Essa mensagem me faz junto ao post de dias atrás – A Lista de Oswaldo Montenegro, refletir sobre essas pessoas que transitam em nossa vida a quem chamamos de amigos. A palavra amigo hoje é tão banal quanto a palavra amor. Diz-se que ama e é amigo por conveniência, etiqueta, status e por uma gama de motivos que os tempos modernos criaram para enfeitar os discursos e ampliar os horizontes da falsidade, quando na verdade uma amizade sincera, desinteressada e pura é muito rara.
Muitas vezes nos prendemos à uma única moeda e estimamos um valor que no fundo ela não tem. Afinal vale mais ter uma moeda às custas de perder a mão? Pensemos que na vida as pessoas vão e vem, e essa liberdade de escolhas é que constrói a singularidade de cada um.
Mas uma coisa é fato, e se da vida os fatos... Ninguém vive numa ilha, sozinho. Tenho certeza que todo mundo hoje tem um amigo para abraçar e dizer o quanto ele é especial, ainda que não seja verbalizado pelas impossibilidades existentes, mas emitamos um bom pensamento à quem nos seja caro e reflitamos sobre o valor dos amigos, dos que chegam, dos que permanecem e dos que se vão...
Amigo não se escolhe, se reconhece... Um especial abraço aos amigos do blog e aos que de uma forma ou de outra contribuem para meu aprendizado rumo à evolução, porque assim caminha a humanidade.

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

Canção da América

Milton Nascimento