sexta-feira, 11 de julho de 2014

triste do poder que não pode


A foto é da década de 1990. Nela, estou em um dos poucos extintos pontos turísticos da cidade que a minha filha não vai ter o prazer de conhecer. Pois é, em Pau dos Ferros, assim como na maioria das cidades do interior, não encontramos muito mais que praças advindas das administrações públicas para apreciar enquanto atrativo turístico. É praça da matriz, de eventos, do CD, nos bairros, e havia, essa em que estou, a do N. Fazia uma intercessão entre a Av Getúlio Vargas e a Rua São João.

Recentemente foi demolida, porque o poder que não pode, não impera! Ao que parece é para a construção de um pólo de academia. Se eu acreditasse que tudo isso é somente uma ação de incentivo ao esporte e não uma manobra política, seria algo bonito. Até aprecio o que vem sendo desenvolvido, também recentemente, nessa mesma avenida: uma pista livre de esportes de roda. Mas uma coisa não justifica a outra. Há muitos espaços ainda virgens no município.

Essa ação, aos meus olhos, é mais um capítulo da história da desconstrução da identidade cultural de Pau dos Ferros, mas demolir a praça do N, não vai apagar da memória da história da cidade o nome de um grande homem que um dia esteve frente ao poder público administrativo. O N de Dr Nilton é mais que um amontoado de concreto, que aliás, já vem sendo demolido desde as últimas eleições. O que em tempo, já sinalizava os dias de agora. 

Fica aqui minha nota de insatisfação. 


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