sexta-feira, 11 de julho de 2014

Ordem em progresso


Quem já assistiu o filme "Narradores de Javé" conhece uma boa história para fazer uma análise comparada a atual situação da nossa cidade: Pau dos Ferros. O filme conta a história de uma pequena cidade que será submersa pelas águas de uma represa e seus moradores não serão indenizados porque a cidade não dispõe de patrimônio histórico. Quando decidem escrever a história (leia-se memória e identidade) o documento transforma-se numa zorra total por causa da polifonia dialógica dos seus habitantes.

Dando sequência a postagem anterior, vi de relance uma matéria que circula via facebook em que anuncia a demolição do Mercado Público Municipal de Pau dos Ferros para dar lugar a um Shopping Popular. Francamente! Há quem acredite nessa mão do progresso vazio dizimando a memória coletiva de gerações, mas nem tudo que é verossímil, ensinou-me Aristóteles, é crível.

Dar lugar a um shopping no centro da cidade é não ter a mínima noção de espaço e ignorar o caos que impera todo centro comercial. Quem circula nessa área sabe do que estou falando, não há estacionamento suficiente, quase não dá para andar a pé! Não sou engenheiro e nem preciso do título para entender que valorizar o comércio significa expandi-lo e não viciá-lo num espaço já tão tumultuado. Vejam, por exemplo, onde Mossoró abriu um shopping. Além do mais, a demolição do Mercado Público, faço eco ao discurso do professor Lindenilson, é um dano irreparável ao patrimônio histórico da cidade.

Se for verdade, só lamento!

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