Mais um ano termina e nessa transição vou somando mais experiência e sabedoria, quem sabe envelhecendo... Este ano o bolo foi mais gostoso, porque tudo que é feito com amor tem um sabor especial.
Outrora eu era daqui
E hoje regresso do estrangeiro
Forasteiro do vejo e ouço
Velho de mim
Já vi tudo, ainda o que nunca vi
Nem o que nunca verei
Eu reinei no que nunca fui.
(Fernando Pessoa)
Os últimos anos foram anos difíceis, anos de perdas irreparáveis! Mas manter o controle do barco onde batem as procelas foi uma lição que aprendi com os grandes e nunca estou vencido porque:
Eu tenho uma espécie de dever
De dever de sonhar, sempre
Pois sendo mais do que um espectador de mim mesmo
Eu tenho que ter o melhor espetáculos que posso
E assim me construo a ouro e sedas em salas supostas
Invento palcos, cenário...
Para viver o meu sonho
Entre luzes brandas
E músicas invisíveis.
(Fernando Pessoa)
Para ser grande
Sê inteiro
Nada teu exagera ou exclui
Sê todo em cada coisa
Põe quanto és no mínimo que fazes
Assim em cada lago
A lua toda brilha
Porque alta vive
(Ricardo Reis)
Segue teu destino
Rega as tuas plantas
Ama as tuas rosas
O resto é sombra de árvores alheias
A realidade, sei que é mais ou menos
O que nós queremos
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios
Suave é viver só
Grande e nobre é viver simplesmente
Deixe a dor nas aras como ex voto aos deuses
Vê de longe a vida
Nunca interrogues
A resposta está além dos deuses
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
(Ricardo Reis)
Então eu quero agradecer ao Arquiteto do Universo pela vida e a todos que estiveram comigo mais esse ano nos momentos bons e nos momentos maus. Minha família, amigos preciosos, pessoas do bem! Agradeço também a quem não gosta de mim, porque através dessas pessoas é que me edifico, que tento evoluir à passos lentos, mas numa direção exata.
Quero reafirmar o compromisso de quem comigo sempre está, para que em 2013 possamos permanecer mais próximos e felizes, porque pra começar eu só vou gostar de quem gosta de mim. E que o ano comece por esta oração a nos equilibrar:
Senhor;
Fazei-me instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver trevas, que eu leve a luz
Ó mestre
Fazei que eu procure mais:
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna.
(São Francisco de Assis)