terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vamos pensar um pouco...

Das diminutas faculdades legadas ao ego humano, defender-se a todo custo é a mais popular. Defender-se e defender seus interesses pessoais, ainda que para isso, esfacele-se todo seu reservatório de dignidade. O comportamento humano é dinâmico, eu sei. Norteamos nossas ideologias e crenças com aquilo que sentimos (emoção) e com o que julgamos ser correto (razão). Não é preciso ser nenhum psicanalista para detectar a fragilidade moral de determinadas pessoas, quando em uso da língua ferem mais que com pérfuro cortantes em punho, fazendo sempre mal uso dessa coisa tão grande que é a palavra. 

Certa vez, bem lembrado por Paulo Coelho, nos foi dito que há três coisas que nunca voltam: a adaga lançada, a pedra jogada e a palavra pronunciada. Quisera eu que as pessoas, de alguma forma tivessem consciência disso antes de proliferarem léxicos depreciativos e mal elencados em suas páginas à despeito de seus interesses pessoais. Mas a internet veicula essa possibilidade e acostumar-se com tal proeza faz parte. Aliás, pensar no coletivo, hoje, talvez seja no mínimo uma utopia. Confesso que não me surpreende mais ler agressões pessoais de pessoas covardes que defendem-se não pela palavra, diga-se mal facultada, mas pela tela do computador, expondo suas insatisfações em rede afim de comover àqueles que se apiedam de quem se auto proclama uma vitima. 

Pessoas capazes disso vão sempre mais além, afinal sempre há uma maneira torpe de subverter a situação ao seu favor. Não satisfeitas, elas partem para agressões pessoais afim de chocar e intimidar seus oponentes. Já calejei as vistas com esse tipo de postagem, elas nascem no afã de algum desalinho particular ou coletivo e quando expostas servem apenas para denunciar ao acaso as possibilidades de um revés casual e a seu favor.

Somente deixo as pessoas que dessa prática abastecem seus egos, um lembrete chavão “cada um só dá aquilo que tem.” Este não é um recado específico e nem um grito de alerta, porque não sou nenhum moleque de recado nem tampouco Gonzaguinha. Apenas exponho minhas ideias de maneira objetiva e também defendo-me sempre que posso através da palavra, principalmente a escrita, pois esta, repito: representa a maior expressão da natureza de seu autor. Com isso, conformo-me em saber porque pessoas tão dignas, tão puras e capacitadas a dar e formar opinião pensam ser mais importantes que seus alvos de ataque. Reflitam nisso também, não custa nada mais que tempo.


Um comentário: