28 de dezembro de 1992, Daniela Perez tinha gravado sem saber sua última cena na novela 'de corpo e alma', nome sugestivo para quem ao sair dos estúdios da Rede Globo não completaria seu percurso, pois no meio do caminho é emboscada e assassinada brutalmente por seu par romântico na novela de sua mãe em companhia de sua esposa. Uma realidade covarde e brutal que supera qualquer folhetim.
O caso Daniela Perez marcou a história da justiça no Brasil, pois devemos a sua mãe a 1ª emenda popular no código penal, a que transforma homicídio qualificado em crime hediondo. Lei popularmente chamada de "Lei Gloria Perez". A mãe da vítima teve justiça feita, da forma mais capenga que se pode existir, mas teve. E quantos de nós não somos obrigados a (con)viver com assassinos postos em liberdade? É pavorosa a idéia de aceitação dessa realidade, mas é a nossa realidade.
Acredito que somente nós que fomos vitimados por isso, sabemos equacionar esta dor entre a perda do nosso ente querido e a impunidade que ampara os assassinos. A mensagem abaixo é de Gloria Perez, para sua filha:
Dany
O escritor já disse que a gente não morre, fica encantado. Eu e seus irmãos, Rodrigo e Rafael, queremos acreditar que isso seja assim mesmo. Quando olhamos a casa vazia de você, da sua dança, da sua alegria... Acreditamos que nos encontraremos novamente no tempo e no espaço, em algum lugar... Onde vamos dançar e sermos felizes novamente.
Gloria Perez
(Acreditando na palavra escrita como maior expressão da natureza de seu autor, transcrevi de uma carta feita por Gloria Perez, lida por Stênio Garcia.)
Recentemente fomos surpreendidos uma vez mais com o assassino na Televisão, já tendo opinado sobre o espaço que as emissoras dão a esse tipo de gente, respaldo-me na verdade dos fatos detalhadamente organizados por Gloria Perez no blog ARQUIVOS DE UM PROCESSO. Leia AQUI.
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