Quem assistiu ao filme com Jodie Foster, sabe que
trata-se de um quarto de segurança máxima em que ela (em pânico) se tranca com
a filha para se refugiarem de um assalto em sua casa. Segundo tramites
históricos, isso de uma versão moderna (porque está na moda), que muito foi
utilizada nos Estados Unidos nos anos 1950/60 quando as pessoas temiam uma
guerra nuclear.
Um quarto blindado de segurança máxima nem deveria
ser chamado de “quarto do pânico”... Acontece que por estarem na moda hoje, as empresas financiam por ai suas construções nas casas. Vamos combinar que é
preciso ter muito dinheiro e medo para construir um cômodo que sirva de abrigo
em emergência máxima.
Outro dia, salvo engano postei aqui, algo que se reportava
na televisão sobre o abastecimento de comidas em reservas para o caso de o “fim
do mundo”, agora com essa novidade em foco dos quarto de segurança máxima, me
volto a questionar a utilidade de reservas de comida debaixo da terra e/ou de
uma parte do imóvel indestrutível e impenetrável. Será mesmo que as pessoas que
se permitem comercializarem por essas ideias acreditam em sua eficiência? Ou
sou eu, tão ignorante a ponto de não raciocinar pelos mecanismos de luta pela
vida?
Pensar nisso como solução de vida é render-se ao
mais forte através da convencionalidade de um espaço de refúgio ou um abrigo
abastecido de alimentos. Enquanto o Homem pensar em se esconder num quarto, com
pânico, ele jamais poderá respirar os resquícios de um pós guerra. Ainda que seus
conflitos sejam só seus e por isso não haja como pensar diferente, ou
simplesmente estarem do lado em que estou, sem dinheiro nem vontade para estocar
alimentos ou me esconder com medo de morrer, continuaremos perguntando onde é o
quarto do pânico, senão nas nossas mentes.
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