Terminei hoje de escrever minha próxima novela. Conforme já havia adiantado, o enredo se passa entre Brasil e Egito. Mudei o título na última hora em detrimento de uma metáfora. Segredos de escritor que não adianto nem sob tortura. Aguardem!
sábado, 19 de abril de 2014
quarta-feira, 16 de abril de 2014
The Glass Mountain - Donald Barthelme
O The Glass Mountain é a reescrita de um conto de fadas. Trata-se de um conto pós fantástico com um herói que alude a modernidade em um herói clássico de um conto de fadas convencional. O texto é dividido em 100 fragmentos - maravilhoso - ou melhor, 100 versículos. Cada um deles, conforme me é dado acreditar, corresponde a um andar da montanha de vidro, que em sua totalidade, refere-se a um prédio de 100 andares no centro de Nova York; um cenário um tanto paradoxal ao bucolismo no qual é contido formar imagens de montanhas e florestas em contos de fadas.
O texto é bastante centrado em ambiguidades. É construído entre dois espaços; o moderno e o fantástico. Sendo que a raiz da construção do fantástico, deve-se ao próprio fato de o cavaleiro que está escalando a montanha, ao final da história não encontrar algo tão fantástico assim.
Sua busca, diferente do convencional em contos de fadas, está para além das princesas ou potes de ouro no outro lado do arco-íris. Ele busca algo que é pós-moderno; que apresenta-se como uma nova proposta até que depara-se com o convencional. Esse choque, ou imbricamento entre esses dois espaços causam estranhamento e maravilhamento.
Seu percurso, embora simbolicamente projetado pelos passos clássicos de um conto de fadas, revela uma realidade diferente. A título de exemplificação, no passo 28 (versículo) ele descreve o que "lá de cima" vê nas ruas (não esqueça que a montanha é um prédio urbano): pessoas se drogando. Revelando dessa forma paisagens não bucólicas como viria João escalando o pé de feijão.
Nesse ínterim, ele elenca coisas banais, urbanas... Como o coco dos cães, sacolas, garrafas, etc. No passo 44, ele revela que precisa de uma boa razão para escalar. Todo mundo a metade do caminho pode se questionar o motivo pelo qual o percorre. Nesse fluxo de consciência e atitude ele percebe que tem. Tem sim, uma boa razão para chegar ao final de sua trajetória.
Lá em baixo, as pessoas - dadas ao cultivo das práticas urbanas - apostam em sua queda. Contudo, passando pelo climax, ele chega ao topo e depara-se com uma princesa. O espaço volta então rapidamente ao mundo fantástico. Decepcionado, ele a atira do 100º andar decepcionando os românticos de plantão. GENIAL!!!
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Uma rosa para Emily - William Faulkner
Narrado na primeira pessoa do plural, não sabemos ao certo quem conta a história da "pobre Emily". O conto inicia com sua morte e a medida que avançamos, outros fatos vão sendo revelados de forma gradativa. Sua evocação dada pelo narrador enfatiza não somente sua condição social - pobre, mas elucida o fato de se tratar de uma ex aristocrata fragilizada em seu bojo consciencial de dor e solidão.
Este narrador, então, tem como foco unir-se ao leitor, comprometendo-nos com os fatos mencionados. Ao passo que diz, por exemplo "nós dissemos [...] nós vimos [...] e, nós acreditamos" vem a calhar no poder da opinião pública sobre a vida das pessoas, sobretudo nas cidades pequenas do interior - marca contemporânea da cultura provinciana.
Ainda assim, este narrador - anônimo - em parceria com o leitor parece ter dificuldade em compreender os fatos. Revela-se uma figura preconceituosa em relação a mulher numa sociedade possivelmente machista. Como exemplo, podemos observar a passagem em que diz 'nós, os rapazes" representando a força da opinião masculina. Isso somado ao fato da "pobre Emily" ter crescido subordinada a figura do pai, mais tarde ao coronel, ao prefeito somente reafirma esta ideia.
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sábado, 5 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
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