"O MaR quando quebra na praia, é bonito, é bonito."
Lembro que ontem a caminho de casa, comentava com alguém sobre um cheiro de chuva que só eu senti. Temos em nossa cultura sertaneja o cultivo de algumas crenças. O cheiro da chuva, para nós, consiste num vento carregado de umidade fresca no ar inebriando e seduzindo os sentidos assolados pela quentura que impera.
Devo mesmo é ter sonhado com muita água, e como diria Guimarães Rosa "perto de muita água tudo é feliz." A não ser pelo apocaliptico dilúvio e o fato de eu não saber nadar, nada mais injustifica meu saudosismo com o mar. Não chega a ser uma relação de umbigo, mas hoje acordei com saudade de suas ondas. Como bem disse em Walquiria, indo e vindo.
Bom dia!
"Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que suponho
Seres um milagre criado só para mim."
Sophia de Mello Breyner
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