domingo, 26 de agosto de 2012

Walquiria: apresentação


O mundo moderno tem sido palco de muitas transformações. Ao atravessarmos o ano 2000 e entrarmos no novo milênio, nossas idéias liquidificaram-se dando margem a questionar e desacreditar do dogmatismo que imperou o planeta por séculos quase sem fim e fez de nossas mentes verdadeiros caldeirões de mitos. Desde então, muito se construiu e muito caiu por terra, e a desconstrução de teorias apocalípticas nas músicas, na bíblia e em todos os segmentos de uma sociedade que acreditou limitar-se viver até Jubileu de Jesus Cristo, fez com que passássemos a olhar para a vida de forma diferente e enxergar as mudanças que já proclamavam gênese no século passado.  

Todas as histórias contadas de hoje em diante, não devem ser indiferentes a verdade de seu tempo, aos saberes antropológicos que fazem um povo construir identidades, e devem por isso, serem mescladas com a historicidade de seu autor, matizando tons de uma aquarela singular que existe na mente e no coração de quem se dispõe a contar uma história. Seja ela literária ou não. 

Existem hoje, teorias religiosas que destroem a morte, o que há pouco tempo atrás era considerado uma afronta a Deus – Senhor onipotente da criação. E a ciência, mesmo diante de suas limitações desafia a religião, mostrando que o homem não é perfeito ainda, mas que a humanidade caminha para essa magnitude independente.

Depois de tantas utopias, é tempo de querer ver que vivemos em constante evolução, e que nesses processos transitórios, é necessário se dar conta e reconhecer que este mundo morre e renasce todos os dias, e o futuro está sempre em nossas mãos, ainda que muitas vezes escorra pelos dedos, você vai tocá-lo hoje, porque o amanhã será sempre utópico e ao mesmo tempo passado quando estivermos vivendo-o. 

É por essas e outras verdades do meu tempo, da minha singularidade, que concebo Walquiria, entre a fantasia de minha pouca juventude, o desejo de escrever e a maturidade de minhas idéias, num cenário pós-moderno; também porque a despeito dos romances que já li, idealizando um conflito fórmico e cronológico que serve apenas para aguçar o paladar dos críticos literários, costumeiramente mal dados a rotular os autores e suas criações a fins meramente acadêmicos, esta história nasce de gemidos meus, do sonho de fazer uma novela, escrevo portanto, de forma primária com liberdade poética e licença própria, esta obra primeira que um dia, eu espero, possa ser lida com o mesmo encantamento com o qual a grafei.

Fernando Júnior

Um comentário:

  1. Walquíria..

    Um tanto de meninice, um tanto de fantasia, um mundo de rememorar músicas, revisar conceitos...uma história contada no hoje e que provavelmente, reflete a vontade de ser feliz que cada um guarda na mente e no coração....Um palco identidades ...um mundo de alegria e controvérsias, na história que se desenvolve e que pode ser lida, a meu modo de ver, um pouquinho a cada dia..

    Tem sabor de adolescência e cheirinho de “quero mais”..

    PARABÉNS FERNANDO JÚNIOR, este valoroso e eterno “menino”.
    Afetuosamente, Sheyla Macedo, profa da UERN

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