O
mundo moderno tem sido palco de muitas transformações. Ao atravessarmos o ano 2000
e entrarmos no novo milênio, nossas idéias liquidificaram-se dando margem a
questionar e desacreditar do dogmatismo que imperou o planeta por séculos quase
sem fim e fez de nossas mentes verdadeiros caldeirões de mitos. Desde então, muito
se construiu e muito caiu por terra, e a desconstrução de teorias apocalípticas
nas músicas, na bíblia e em todos os segmentos de uma sociedade que acreditou limitar-se
viver até Jubileu de Jesus Cristo, fez com que passássemos a olhar para a vida
de forma diferente e enxergar as mudanças que já proclamavam gênese no século
passado.
Todas
as histórias contadas de hoje em diante, não devem ser indiferentes a verdade
de seu tempo, aos saberes antropológicos que fazem um povo construir
identidades, e devem por isso, serem mescladas com a historicidade de seu
autor, matizando tons de uma aquarela singular que existe na mente e no coração
de quem se dispõe a contar uma história. Seja ela literária ou não.
Existem
hoje, teorias religiosas que destroem a morte, o que há pouco tempo atrás era
considerado uma afronta a Deus – Senhor onipotente da criação. E a ciência,
mesmo diante de suas limitações desafia a religião, mostrando que o homem não é
perfeito ainda, mas que a humanidade caminha para essa magnitude independente.
Depois
de tantas utopias, é tempo de querer ver que vivemos em constante evolução, e
que nesses processos transitórios, é necessário se dar conta e reconhecer que
este mundo morre e renasce todos os dias, e o futuro está sempre em nossas
mãos, ainda que muitas vezes escorra pelos dedos, você vai tocá-lo hoje, porque
o amanhã será sempre utópico e ao mesmo tempo passado quando estivermos
vivendo-o.
É
por essas e outras verdades do meu tempo, da minha singularidade, que concebo Walquiria, entre a fantasia de minha
pouca juventude, o desejo de escrever e a maturidade de minhas idéias, num
cenário pós-moderno; também porque a despeito dos romances que já li, idealizando
um conflito fórmico e cronológico que serve apenas para aguçar o paladar dos críticos
literários, costumeiramente mal dados a rotular os autores e suas criações a
fins meramente acadêmicos, esta história nasce de gemidos meus, do sonho de
fazer uma novela, escrevo portanto, de forma primária com liberdade poética e
licença própria, esta obra primeira que um dia, eu espero, possa ser lida com o
mesmo encantamento com o qual a grafei.
Fernando
Júnior
Walquíria..
ResponderExcluirUm tanto de meninice, um tanto de fantasia, um mundo de rememorar músicas, revisar conceitos...uma história contada no hoje e que provavelmente, reflete a vontade de ser feliz que cada um guarda na mente e no coração....Um palco identidades ...um mundo de alegria e controvérsias, na história que se desenvolve e que pode ser lida, a meu modo de ver, um pouquinho a cada dia..
Tem sabor de adolescência e cheirinho de “quero mais”..
PARABÉNS FERNANDO JÚNIOR, este valoroso e eterno “menino”.
Afetuosamente, Sheyla Macedo, profa da UERN