quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eu sou um auto de Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna esteve em Pau dos Ferros. Não preciso mais que esta frase gramaticalmente correta para expressar a magia e o contentamento de ter tido o privilégio de vê-lo de perto.

Referência viva do nosso legado cultural, secretário de cultura do Estado de Pernambuco, membro da Academia Brasileira, Pernambucana e Paraibana de Letras, Doutor pela Federal e Estadual do Rio Grande do Norte, escritor, poeta e romancista de clássicos da literatura e da televisão, como: O Auto da Compadecida, A Pedra do Reino e outros, Ariano Suassuna tornou-se há muito uma lenda viva. Sua obra, portadora de tons e matizes regionalistas, diferente do que dizem os pseudo-s críticos mal engravatados não se limita ao nordeste; a dimensão e a proporcionalidade de seus textos vão além das fronteiras do coração brasileiro, pois a verdade e a serenidade que constituem o léxico e a semântica do mestre Ariano é a mesma que constrói a vida os sentimentos do homem em qualquer lugar em que ele viva e assim, socialize-se.

Seu nome é invocado nos quatro cantos do país e no exterior como baluarte da consubstanciação das letras e artes. Nascido na Paraíba, cidadão pernambucano por excelência e direito, Ariano Suassuna capitaneou para seu discurso uma forma irreverente, sincera e direta de se expressar; abolindo assim, toda e qualquer forma tediosa de ouvir um senhor de 84 anos construir e desconstruir idéias na cabeça de jovens e adultos capazes de integrar-se e inteirar-se em uma visão de mundo sem maquiagens nem valências.

Nunca passou pela minha cabeça que um dia, nessa existência, eu teria a oportunidade, ou mais que isso, a benção (com toda veneração) de conhecer o homem que um dia me fez desfilar num 7 de setembro há tempos idos em homenagem à sua obra, e que quando mais tarde ouvi pela primeira vez “Leão do Norte” e fui arrebatado implacavelmente pela voz agrestina de Elba Ramalho me dizendo que eu sou um auto de Ariano Suassuna no meio da feira de Caruaru; eu poderia hoje dizer que reside aí o sabor mais puro e natural do estilo de todo e qualquer nordestino que se orgulhe de sua cultura, apreciando as estrangeiras, sem desmerecer suas raízes.

E por assim pensar, acredito mais ainda nas raízes e antenas que nos conectam com o mundo, porque somente sendo capazes de conhecer primeiro nossa História (raízes), seremos então capazes de captar os sinais parabólicos que nos congregam com o Homem e a História Mundial. Pois este, na condição terráquea que ocupa, continua sendo o mesmo e vivendo a mesma história tantas vezes lida. O grande problema da desvalorização do que é nosso, é que os próprios brasileiros, sentem-se deveras colonizados e assim tendem a permanecer, encarando toda e qualquer manifestação cultural como algo importado, exorcizando as formas artísticas genuínas e inatas que nascem dos processos de condescendência antropológica, e esta é uma realidade global, realidade que muito me asfixia. Mas mesmo assim, muita gente prefere continuar acreditando que depois do Pau-Brasil, a única coisa que só existe aqui é jabuticaba e que nem isso presta.

DESTACO o fato na noite de que com maestria o nosso anfitrião, ainda que segundo ele "com a voz feia" conduziu a regência do Hino Nacional à capela para 600 pessoas em coro uníssono. Isso, graças a uma falha técnica do som, que a despeito de minha afamada ortodoxia no meio acadêmico (e fora dele), vem mostrar de todas as formas, tamanhos e cores a diferença entre os que são bons e os que auto se proclamam bons por assim pensarem. Reavivando de maneira clara, simples e direta as limitações as quais se submetem os escravos das novas tecnologias; onde talvez, e somente talvez, quem esperasse pelo aparelho eletrônico para cantar o Hino Nacional, sequer soubesse com riqueza de detalhes a letra e a entonação de cada verso. É que quem sabe, faz ao vivo... Deixando claro, que isso não necessariamente trata-se de patriotismo e sim de pontos de referência nos quais postulo minhas idéias.

NOTA e CRÉDITOS DA FOTO:
Foto feita na noite de 20 de setembro no campus do IFRN em Pau dos Ferros, ao final da palestra do escritor Ariano Suassuna. Fotografado por meu orientador Dr Gilton Sampaio de Souza, a foto não se apresenta em condições de qualidade, porque o escritor não recebeu ninguém para autógrafos e fotos, esta nada mais foi que um clique de um momento tiete. Mas vale pelo registro de um dia inesquecível na história de Pau dos Ferros, que por uma noite ao menos, foi a capital cultural do Brasil e por estar eu, bem próximo de quem jamais pensei estar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nada mais que sonhos...

Esta noite eu tive um sonho
Sonhei antes de adormecer
Sonhei que sonharia para viver
Viver o que a realidade não mais me permite
Ou que nunca permitiu
Senão quando sonhara (...)
Quando sonhara em sonhar
Para ser feliz, ainda que sonhando
E ao despertar de um sonho acordado
Eu pude aperceber-me que os sonhos
Ainda quando pseudos
São apenas sonhos
Nada mais que sonhos
Não custam mais que tempo
Pois quem sabe neles acreditar
Ou por eles consumir-se?
São ainda:
Tempo que se esvai na memória dos que sonham
Dos que sonham de qualquer maneira
E eu, preciso permanecer sonhando
Sonhando acordado!
Gemendo
Chorando
Gritando
Roendo
Lacerando
Vivendo...
Um sonho que não sonhei
Por desperto estar
Esperando você sempre a sonhar.

(Fernando Júnior)

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

E agora José? digo... Gloria.

O Clone terminou. A reprise em Vale a Pena ver de Novo deixou saudades. Mulheres de Areia vem aí e se a noite vai ter lua cheia, a tarde terá uma responsabilidade daquelas: segurar o Ibop.

O Clone foi, em minha opinião, até então A NOVELA de Gloria Perez, sem desmerecer nenhuma das, as implicações éticas e morais em torno da clonagem humana e as drogas são ainda, 11 anos depois temas em foco dos debates mais acalorados dos palcos da vida.

Sem esquecer que paralelo ao tema central, tomamos (literalmente) um banho de cultura oriental que mais vale que ler os livros de História do Ensino Médio. não podendo deixar ainda, de aludir aos personagens populares do Bar da Jura que encarregaram-se de mostrar a vida do jeito que ela é, do jeito que a gente gosta. Com todos os bordões e tietagens.

Agora, a pergunta que não quer calar é: E agora Gloria Perez? Quando teremos o prazer de prestigiar mais um trabalho seu? Estará escrito? Que Ala ilumine sua mente para não muito tardar; a televisão agradece e nós merecemos. Inshalá, Inshalá...
:-))

Have a nice weekend kids...


Hey kids, shake it loose together,
The spotlight's hitting something
That's been known to change the weather.
we'll kill the fatted calf tonight So stick around,
You're gonna hear electric music,
Solid Walls of sound.


Say, Candy and Ronnie, have you seen them yet
But they're so spaced out, Bennie and the Jets,
But they're weird an they're wonderful,
Oh, Beannie she's really keenShe's got electrice [eletric] boots a mohair suit,
You know I read it in a magazine,Oh! Bennie and the Jets.


Hey kids, plug into the faithless,
Maybe they're blinded
But Bennie makes them ageless.
We shall survive, let us take ourselves along,
Where we fight our parents out in the streets
To find who's right and who's wrong.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

para quem não aprendeu ainda...

"E quando se tem alguém que ama de verdade, é um covarde, um fraco, um sonhador."
(Lupcinio Rodrigues)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Por amor a Fafá de Belém...

Quem me conhece de longa data conhece também meu caso de amor com Fafá de Belém. Recentemente assumi a presidencia do Fã Clube Oficial - Tua Presença Fafá de Belém, Fã Clube do qual faço parte ha alguns anos. Esse clube de fãs é o único autorizado pela cantora no Brasil e no exterior. Contamos com sócios de várias partes do Brasil e de Portugal. Quem é mais chegado já sabia, mas para quem acompanha meus escritos, socializo que estou gerenciando junto à presidência do Fã Clube a comunidade oficial do orkut Fafá de Belém é Diva, o Twitter Oficial do Fã Clube @fctuapresenca e o Blog.
Se você, assim como eu, aprecia o trabalho da diva Fafá de Belém, chegue mais perto! como canta nossa diva "pode entrar seja bem vindo..."

Amar como Jesus amou...

Um dia uma criança me parou
Olhou-me nos meus olhos a sorrir
Caneta e papel na sua mão
Tarefa escolar para cumprir
E perguntou no meio de um sorriso:
O que é preciso para ser feliz?

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu
Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que dormiria muito mais feliz

Ouvindo o que eu falei ela me olhou
E disse que era lindo o que eu falei
Pediu que eu repetisse, por favor
Mas não dissesse tudo de uma vez
E perguntou de novo num sorriso
O que é preciso para ser feliz?

Depois que eu terminei de repetir
Seus olhos não saíram do papel
Toquei no seu rostinho e a sorrir
Pedi que ao transmitir fosse fiel
E ela deu-me um beijo demorado
E ao meu lado foi dizendo assim

Amar como Jesus amou...

(Pe. Zezinho, SCJ)